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Economia

Copom deve subir juro para 10% ao ano na 6ª alta seguida, prevê mercado

27 novembro 2013 - 10h49Via G1
A taxa básica de juros da economia brasileira deve voltar aos dois dígitos nesta quarta-feira (27). A estimativa da maior parte dos analistas do mercado financeiro é que a Selic, hoje em 9,5% ao ano, subirá 0,5 ponto percentual, para 10%. A nova taxa será anunciada após as 18h pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por fixar os juros básicos da economia.

Se confirmada, será a sexta elevação consecutiva da Selic, que não alcançava os dois dígitos desde o início de março de 2012.

A discussão sobre a capacidade de o Brasil ter uma taxa de juros abaixo de 10% ao ano permeou o debate econômico no passado.

A taxa, porém, foi atingida somente quando o BC afrouxou a política de juros para combater os efeitos da crise financeira em 2009, entre junho daquele ano e janeiro de 2010.

Posteriormente, novamente por conta dos efeitos da segunda "onda" da crise financeira, os juros abaixo de 10% ao ano voltaram a ser registrados desde 7 março de 2012. O Brasil é um dos poucos países que está subindo os juros neste ano.

Novos aumentos em 2014
A expectativa do mercado financeiro é de que a alta dos juros, prevista para esta quarta-feira, não seja a última do governo Dilma Rousseff. A previsão dos economistas dos bancos é de que aconteçam dois novos aumentos em 2014. Segundo a estimativa do mercado, os juros subiriam para 10,25% ao ano em janeiro do ano que vem, patamar no qual permaneceriam até dezembro de 2014 - quando avançariam para 10,50% ao ano.

Metas de inflação
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem afirmado, porém, que a inflação teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e novo recuo no ano de 2014.

Discurso da presidente Dilma
A subida recente dos juros e o possível retorno ao patamar de dois dígitos, nesta quarta-feira, segundo analistas, não está em consonância com uma das principais marcas, até então, do governo Dilma Rousseff na área econômica. Mesmo defendendo o controle da inflação, a presidente da República destacou, por diversas oportunidades nos últimos anos, a queda dos juros básicos e também pressionou os bancos a reduzirem suas taxas ao consumidor.

Fatores que pressionam a inflação
De acordo com economistas, alguns fatores seguem pressionando a inflação, apesar de o Banco Central já ter subido os juros básicos em cinco oportunidades desde abril deste ano, quando a taxa estava em 7,25% ao ano.

Segundo o gestor de investimentos da Lecca, Carlos Haber, a alta do dólar registrada neste ano vai ser cada vez mais sentida em 2014 nos preços (importados mais caros terão seus preços elevados), além da expectativa de crescimento dos preços administrados (como gasolina e transporte urbano) - que foram contidos neste ano por conta das manifestações populares.

"O governo não promoveu um forte ajuste fiscal [conteção de gastos]. Dificilmente isso vai se concretizar [em 2014] tendo em vista a eleição no próximo ano. O BC não vai ter muita opção e vai ter de continuar subindo os juros. A política fiscal [de gastos públicos] não vai ajudar muito. Ano de eleição tem muito gasto público. O governo não vai conseguir fazer um ajuste fiscal [nas despesas] da forma como deveria", avaliou Carlos Haber.

Flávio Combat, do Departamento Econômico da corretora Concórdia, avaliou que também existe pressão inflacionária por conta do aumento dos salários acima dos ganhos de produtividade e devido ao crescimento do consumo das famílias (sustentando pela expansão da renda). A Concórdia lembra ainda que o BC deve considerar em seus modelos, ainda que veladamente, a perspectiva de um iminente reajuste nos preços dos combustíveis - que pode ser postergado para dezembro, com impacto relevante sobre a inflação somente em 2014.

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