O estudante de engenharia agronômica, Alberthy Rocha, 24 anos, denunciou à Polícia Civil que o seu filho, de três anos, teve parte do pênis decepada durante uma cirurgia de fimose realizada no Hospital Municipal Dr. Carlos Marx, em Malacacheta, em Minas Gerais (MG).
O médico responsável pela cirurgia morreu devido a um infarto dois dias depois de operar a criança, provavelmente, ao saber do resultado da cirurgia, segundo possibilidade levantada pela Polícia Civil. A instituição abriu inquérito para investigar o caso.
O pai da criança conversou com o jornal O TEMPO nesta quarta-feira (16) e disse que o filho precisou passar pela cirurgia por recomendação médica. Ao chegar ao hospital para buscar o garoto, Rocha percebeu que a cama dele estava ensanguentada.
"Então, eu retirei o curativo e vi que o pênis do meu menino estava muito machucado. Chamei o médico que realizou o procedimento, mas quem me atendeu foi um plantonista, que não quis se envolver porque ele não havia participado da cirurgia. Consegui falar com o cirurgião só mais tarde, e ele me disse que aquela situação era normal e que, depois de dez dias, a cirurgia iria desinchar e meu filho ficaria bem", relata.
Rocha conta que o hospital não quis lhe entregar o prontuário do garoto e que ouviu dos funcionários que o médico que realizou a cirurgia era experiente. Entretanto, percebeu que as enfermeiras ficaram assustadas com o estado de saúde da criança. A cirurgia começou às 7h30 e terminou às 13h30. O que normalmente demoraria apenas uma hora.
Amputação constatada
Rocha conta que, ao chegar em casa, a criança continuou a reclamar de dores. Por isso, levou o garoto no dia seguinte a um hospital privado em Teófilo Otoni, na mesma região. "Ao chegar lá, o médico avaliou meu filho e disse que, de fato, parte do pênis dele havia sido amputado. Desesperei na hora", diz o estudante.
O especialista medicou a criança com um antibiótico para evitar infecção e realizou a reconstrução do coto. Enquanto estava no hospital acompanhando o filho, Rocha diz ter recebido a notícia de que o médico que tinha realizado a cirurgia havia falecido, informação que foi confirmada pela prefeitura da cidade.
O estudante diz que, agora, exatamente um mês após a realização do procedimento, o garoto está bem.
Vaquinha
Com objetivo de bancar o tratamento futuro da criança, Rocha criou uma vaquinha online. "Tenho que agradecer porque apareceram pessoas boas no meu caminho, porque o poder público só funciona sob pressão, a prefeitura quis tirar o corpo fora", aponta.
Segundo ele, a prefeitura arcou com as despesas médicas, mas não reembolsou gastos como deslocamento, alimentação e permanência em Teófilo Otoni.
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