O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2019 evidenciou que o Brasil teve sucesso no controle de certas desigualdades, expectativa de vida e renda média, mas enfretará novos desafios em 2019.
O Brasil caiu para a 79ª posição global - mesmo ranking de 2018 -, empatado com a Colômbia. Na América Latina, ocupa a 4ª posição, atrás do Chile, Argentina e Uruguai. O crescimento no índice foi de 0,001 ponto em relação ao ano anterior.
O diretor de Desenvolvimento Humano da ONU, Pedro Conceição, afirmou que apesar de parecer pequeno, pontuação é positiva. “O que é importante é notar o crescimento no IDH. O índice é relativo e sofre alterações também dos outros países, que podem subir ou descer. O que é importante é notar a evolução. A nota que dou é positiva. O Brasil continua a fazer progresso, apesar de a economia ter sido pior que o esperado. O crescimento do Brasil é sólido, positivo e sustentado”, disse.
O Brasil é considerado um país de Alto Desenvolvimento Humano e o aumento do IDH tem sido constante nas últimas três décadas. De 1990 a 2018, o país cresceu 24%, número superior à média latina (de 21%) e à média global (de 22%). A expectativa de vida de um brasileiro ao nascer foi aumentada em 9,4 anos. Nesse mesmo período, a renda média da população cresceu 39,5%.
Segundo o PNUD, o acesso a estruturas de ciência, tecnologia e à inovação são novos focos de desigualdade social. A desigualdade de gênero também representa um obstáculo para as políticas públicas. O relatório cita ainda mudanças climáticas como possíveis causas de desigualdades sociais.
Segundo Betina Ferraz Barbosa, coordenadora do relatório, ainda há espaço para um crescimento significativo, mas ainda que o IDH dispare nos próximos anos, possivelmente não teremos resolvido as “desigualdades arraigadas”, como a mesa apontou.
A coordenadora também falou sobre sua pontuação. “O Brasil já é bem classificado, e pode caminhar para um outro nível. Mas resolvemos o problema? Não. Apenas aumentamos o que está na pequena cesta de desenvolvimento que forma o índice. Esse é o ponto [da nova metodologia]”, explicou.
Apesar do bom índice, a realidade brasileira ainda está longe da categoria dos países que tem o IDH exemplar. De acordo com o caderno, o Brasil é citado no estudo como o país que mais perde posições no ranking, atrás apenas de Camarões. A Venezuela, que passa por profunda crise política e econômica, aparece em 96º.
Veja a seguir, a comparação feita do Brasil com os países líderes no ranking.
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