A venda de uma aeronave avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões levou novamente a prisão do ex-deputado federal, ex-secretário especial do Ministério dos Transportes e secretário de Obras, Edson Giroto. João Amorim, dono da empresa Proteco Construções, está em viagem e é foragido da Justiça, a Polícia Federal está em alerta, porém, Amorim está em contato negociando a entrega. Caso não aconteça dentro de um tempo não revelado o alerta de foragido será divulgado. A prisão é parte da terceira fase da Lama Asfáltica, chamada Aviões de Lama.
As informações foram passadas durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta (7), Giroto e o cunhado, o operador Flávio Henrique Garcia Scrocchio, dono da Terrasat Engenharia - com contratos com o ex-governador Puccinelli, estão aguardando na Superintendência da Polícia Federal até que o presídio para qual serão encaminhados seja definido. Flávio foi quem registrou a venda do avião e é apontado como “testa de ferro”. O avião ainda não localizado, mas em situação de busca e apreensão em Mato Grosso, foi descoberto e bloqueado na segunda fase. No entanto, apenas após análise dos documentos apreendidos foi descoberto que - antes desta fase - a mesma havia sido revendida, mas os documentos da aeronave ainda estavam no nome do envolvido.
O avião foi adquirido com dinheiro do desvio de recursos públicos da pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços de informática e gráfica. A revenda é uma tentativa de não chamar atenção para o crime. “Em troca” eles receberam a aeronave apreendida no aeroporto de Santa Maria, em Campo Grande, avaliada em torno de R$ 350 mil, e quatro cheques: um de R$ 250 mil e três de R$ 100 mil cada. Além disso, R$ 700 mil em dinheiro foram utilizados em uma obra imobiliária.
Todos os valores ainda eram redistribuídos na forma de pagamento de dívidas ou contratos de serviços. “Não há novos envolvidos nesta fase. A prisão de Flávio e Giroto é consequência dos novos fatos analisados com a apreensão de documentos da fase anterior, explicou o delegado da Regional de Combate ao Crime Organizado, Cléo Mazzotti.
Adalgisa Fujita, delegada adjunta da Receita Federal, disse que são em torno de R$ 20 milhões só em patrimônio ainda não declarado pela organização criminosa. O valor do não pagamento de impostos já inclui juros e multas. Marcos Mas, chefe da Fiscalização da Receita Federal, conta que são sete fiscalizações abertas sobre seis pessoas físicas e uma empresa. Isto envolve, inclusive, empréstimos fictícios, laranjas, testas de ferro e familiares. Ele explica que laranjas são aqueles que emprestam o nome sem saber e não se envolvem em nada; Testa de ferro, além de emprestar o nome, participa, recebe lucro e pode ser dono de algo do ilícito praticado.
A Operação Lama Asfáltica continua em investigação e ainda deve ter muitos desdobramentos.
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delegado da Regional de Combate ao Crime Organizado, Cléo Mazzotti. (Rafael Belo)



