A audiência de instrução e julgamento por integrar organização criminosa de Breno Fernando Solon Borges, de 38 anos, foi marcada para 13h de 16 de fevereiro na 2ª Vara Criminal de Três Lagoas. A decisão do juiz Ronaldo Gonçalves Onofri.
Breno é filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges e está preso na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas.
Neste processo, conforme a Polícia Federal, Breno é acusado de integrar a organização criminosa de Tiago Vinícius Vieira, preso no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. A quadrilha é acusada de praticar roubos, tráfico de drogas e venda de armas de grosso calibre e uso restrito.
Interceptações telefônicas e gravações feitas no telefone celular da namorada do empresário, Isabela Lima Vilalva, de 19 anos, mostram Breno vendendo munições e fuzil para criminosos. Ele chegou a ser internado em clínica de luxo de Atibaia, graças à intervenção do Tribunal de Justiça, mas em dezembro de 2017, a Polícia Federal conseguiu reverter o habeas corpus e recolocar o filho da presidente do TRE atrás das grades.
A mãe de Breno, a desembargadora Tânia Garcia foi denunciada por improbidade administrativa por usar a estrutura da Polícia Civil e ameaçar o diretor do presídio para tirar o filho da cadeia em julho de 2017. Presidente do TRE, ela pode ter os direitos políticos suspensos por cinco anos.
Breno foi considerado imputável pela juíza substituta da Vara Única de Água Clara, Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva, que acatou na integrar o parecer do perito judicial Guido Arturo Palomba. Com a decisão, ele poderá ser condenado pelo transporte de 129 quilos de maconha, uma pistola nove milímetros e 270 munições, entre as quais 199 de fuzil calibre 762.
Breno já tem um segundo julgamento marcado, para 19 de abril, na 4ª Vara Criminal de Campo Grande, por porte ilegal de arma. Ele foi preso em fevereiro do ano passado com uma pistola.
A situação do empresário fica mais debilitada porque o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e a imprensa nacional acompanham o caso de perto. O órgão federal apura eventual ação irregular da mãe dele e dois desembargadores, Ruy Celso e José Ale Ahmad Neto, na concessão de dois habeas corpus em julho do ano de 2017.
Para evitar a condenação do filho, réu em três ações criminais distintas, a desembargadora Tânia Garcia mobiliza uma banca de defesa imensa com os melhores advogados do Estado.
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