O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, revogou a liberdade provisória concedida a Gedião da Costa, 50 anos, e determinou sua prisão preventiva. Ele é suspeito de esfaquear a ex-companheira no último sábado (10), na região do bairro Jardim Centenário, em Campo Grande.
O crime, que está sendo investigado como tentativa de feminicídio, ocorreu durante uma festa. A vítima, uma mulher de 31 anos, estava acompanhada de outro homem quando Gedião, movido por ciúmes, a atacou com uma faca de lâmina de aproximadamente 20 centímetros. Segundo apurado, ela sofreu pelo menos cinco golpes nas regiões do abdômen, braço, coxa e costas.
No local da festa, o suspeito foi imobilizado por presentes e a polícia foi acionada, prendendo-o em flagrante. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar e encaminhada para atendimento na Santa Casa de Campo Grande.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), onde foi lavrado o flagrante contra Gedião. Em audiência de custódia realizada na segunda-feira (12), o magistrado plantonista concedeu liberdade provisória ao suspeito, com monitoramento eletrônico e restrição para que não se aproximasse da vítima a menos de 300 metros.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da promotora Luciana do Amaral Rabelo, recorreu da decisão que concedeu liberdade provisória a Gedião e pediu sua prisão preventiva. Em resposta, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, cassou a decisão do magistrado plantonista e decretou a prisão do suspeito.
Na decisão, o juiz destacou que a conduta do acusado gerou grave insegurança à vítima. Além dos ferimentos, Gedião teria ameaçado a mulher dizendo que estava fabricando um cano para uma pistola com o objetivo de usá-la contra ela. O magistrado também apontou que os filhos do casal presenciaram as agressões, o que aumenta a gravidade da situação.
Considerando a gravidade concreta do crime e o perigo gerado pela liberdade do suspeito, o juiz entendeu que a prisão preventiva é necessária para garantir a segurança da vítima e da sociedade. Com a ordem de prisão decretada, a DEAM realizou a captura do suspeito e cumpriu a determinação com sucesso.
Gedião segue preso e deve passar por nova audiência de custódia, quando serão avaliadas as condições da prisão. Após essa avaliação, ele deve ser encaminhado ao presídio enquanto responde às acusações. Até o momento, não foi divulgado o estado de saúde atualizado da vítima.
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Juiz Aluízio Pereira dos Santos - (Foto: Arquivo)



