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Justiça

Motorista de app preso por mortes de adolescentes pede liberdade novamente

Defesa alega falta de provas concretas contra o motorista de aplicativo, destaca sua colaboração com a polícia e critica a investigação

08 janeiro 2025 - 12h00Vinícius Santos

George Edilton Dantas Gomes, motorista de aplicativo acusado de auxiliar na fuga dos assassinos de Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, busca novamente sua liberdade através de um pedido de habeas corpus. O crime aconteceu em maio de 2024, no bairro Jardim das Hortências, em Campo Grande.

Gomes está preso preventivamente desde 07 de maio de 2024, após ser detido em flagrante. Ele é um dos cinco acusados pelo crime e já teve outros pedidos de liberdade negados pela justiça.

A defesa alega que a prisão de Gomes se baseia apenas em "suposições" e que não há provas concretas que o conectem ao crime. Afirma que Gomes é inocente e que colaborou com a polícia desde o início das investigações.

A defesa utiliza os seguintes argumentos para pedir a liberdade de Gomes:

- Gomes é motorista de aplicativo e estava trabalhando no dia do crime. Ele afirma que recebeu uma chamada para uma corrida e que não sabia do plano dos criminosos.  
- O depoimento do outro acusado, Nicolas Inácio Souza da Silva, que incriminou Gomes, foi obtido sob tortura e sem a presença de um advogado. Nicolas retratou essa acusação durante seu interrogatório judicial, afirmando que não conhecia Gomes e que ele não teve qualquer participação no crime.  
- A investigação policial foi "precária" e se baseou em "suposições", em vez de provas concretas. A defesa aponta que o delegado responsável pelo caso, Leandro Costa De Lacerda Azevedo, sequer participou das investigações.  
- Gomes colaborou com a polícia durante a investigação, inclusive permitindo acesso ao seu celular. Ele não tem antecedentes criminais e sempre trabalhou de forma honesta.  
- A prisão preventiva de Gomes é desproporcional e viola o princípio da presunção de inocência. A defesa argumenta que ele não representa risco à sociedade e que pode responder ao processo em liberdade.

O pedido de habeas corpus será analisado pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul. A decisão definirá se George Edilton Dantas Gomes poderá aguardar o julgamento em liberdade ou se permanecerá preso preventivamente.

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