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Orientação vocacional em tempos de ENEM: o que fazer quando chega a hora de escolher a profissão?

22 janeiro 2018 - 14h39Sálua Omais

Essa é uma época um pouco dramática para milhares de estudantes no país: checar o resultado do Enem. Não é nada fácil para a grande maioria dos jovens, após um longo período de esforço e dedicação, se deparar com uma pontuação inesperada, e claro, insuficiente para entrar no curso dos sonhos.

A frustração pode ser o momento ideal para se refletir sobre o melhor caminho a seguir. Como diz o ditado, “há males que vem para o bem”, e por isso, não ter alcançado a nota necessária para ingressar no tão sonhado curso que a maioria busca, pode ser um divisor de águas, fazendo com que se busque novas alternativas para encontrar a verdadeira vocação (e não aquela mais valorizada socialmente). O valor de uma profissão é algo que nós podemos criar conforme a nossa dedicação, e está diretamente ligada às nossas afinidades, gostos, talentos e ao significado que ela tem para nós.

A família busca sempre oferecer algo que seja mais “seguro” e “garantido” para o futuro dos filhos, tanto financeira como profissionalmente, e esse é um dos motivos pelo qual a Medicina ainda é a primeira escolha da maioria dos jovens. Mas as coisas não são tão simples e são poucos os que realmente conhecem os “bastidores” da vida de um médico. A estabilidade e a gratificação financeira de uma profissão é sem dúvida uma das grandes recompensas do trabalho, mas ainda não é a maior. Existem outros fatores que só são percebidos com o tempo e ao longo da trajetória profissional. Qualidade de vida, tempo para si e para a família, satisfação pessoal, e sobretudo, gostar do que se faz, são fatores que se tornam ainda mais importantes com o passar dos anos.

A orientação vocacional surgiu há muito tempo como um instrumento auxiliar, para ajudar a descobrir quais as áreas profissionais mais compatíveis com o perfil e a personalidade de uma pessoa. Entretanto, infelizmente esse instrumento não tem sido bem utilizado, pois não se descobre a verdadeira vocação simplesmente aplicando um teste uma ou duas vezes, e pronto: num passe de mágica, achamos a profissão ideal para você! Não é assim. Parece um paradoxo, mas um dos maiores desafios do ser humano é saber o que se quer da vida! Por essa razão, descobrir uma vocação é um processo longo, onde é necessário que antes da escolha de uma carreira, o jovem possa ter um conhecimento mais profundo dos seus gostos, dos seus valores mais profundos, das suas aptidões, das suas forças pessoais e de seus talentos. A lista das profissões vem depois, quando o jovem já sabe realmente o que o motiva, o que mais desperta seu interesse, e quais as suas habilidades naturais. A Psicologia Positiva, um dos ramos mais novos da Psicologia atual, estabeleceu uma lista das principais forças humanas, pontos fortes e talentos. À medida que a pessoa consegue aliar suas próprias forças com uma profissão que exige a utilização delas, tem-se aí o casamento perfeito para se alcançar a realização pessoal e profissional. 

A orientação vocacional, ao contrário que muitos acreditam, não consiste simplesmente da aplicação de testes padronizados, mas é na realidade um conjunto de várias técnicas onde se inclui reflexões, trocas de ideias, e, sobretudo, uma busca pessoal daquilo que a pessoa pode oferecer de melhor para a sociedade, conforme sua personalidade, talentos e habilidades. Escolher uma profissão exige um amadurecimento mental e emocional, que, se no momento da escolha, ainda não é ideal em razão da tenra idade do jovem, pode ao menos ser desenvolvida por meio de um processo de autoconhecimento que o leve a descobrir quem ele realmente é, e o que ele realmente gosta de fazer.

Sálua Omais é Psicóloga com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL. É titular do site www.psicotrainer.com.br onde escreve artigos diversos sobre Psicologia Positiva, Coaching e Inteligência Emocional.

 

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