Investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriram mandado de busca e apreensão na residência da influenciadora digital Vivi Noronha, esposa do cantor MC Poze do Rodo, preso na semana passada.
A operação investiga um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que, segundo as autoridades, tem ramificações diretas com a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
De acordo com o inquérito, Vivi Noronha e sua empresa são apontadas como beneficiárias de recursos provenientes do tráfico de drogas, movimentados por operadores ligados ao CV.
A polícia suspeita que milhões de reais tenham sido canalizados para contas associadas à influenciadora, utilizando intermediários — os chamados "laranjas" — para disfarçar a origem ilícita dos valores.
O papel de Vivi, segundo os investigadores, ultrapassa o de mera receptora de dinheiro. Ela seria um elo fundamental entre o crime organizado e o mercado digital, ajudando a conferir uma aparência de legalidade ao dinheiro do tráfico.
Sua imagem nas redes sociais, impulsionada por contratos publicitários e milhões de seguidores, teria contribuído para disseminar um estilo de vida ligado à narcocultura.
A operação também foca na Leleco Produções, produtora musical suspeita de servir como engrenagem para a lavagem de capitais e organização de bailes funk promovidos por membros da facção.
Segundo a polícia, esses eventos vão muito além do entretenimento: são pontos de venda de drogas e instrumentos de propaganda do poder do Comando Vermelho nas comunidades.
Entre os remetentes do dinheiro investigado estão figuras próximas a líderes da facção, como um segurança pessoal de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, chefe do CV no Complexo do Alemão. Outro operador envolvido no esquema é procurado até pelo FBI por suspeitas de ligação com grupos extremistas internacionais.
A operação busca desmantelar o núcleo financeiro da facção, responsável por movimentar mais de R$ 250 milhões oriundos do tráfico e da compra de armamentos. A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores em 35 contas bancárias, além de ações de busca em endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Um personagem central da investigação é Philip Gregório da Silva, conhecido como “Professor”, responsável por idealizar o “Baile da Escolinha” — evento que mesclava lazer e dominação cultural nas comunidades. O Professor, que morreu no último domingo, também era o responsável pela criação de um restaurante em frente ao baile, usado como fachada para escoar o dinheiro do tráfico.
Apesar da morte do Professor, a polícia afirma que o avanço das investigações e a execução das medidas judiciais não serão prejudicados.
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