O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 32 mandatos de prisão em Mato Grosso do Sul e outros quatro estados, sendo 13 em Campo Grande incluindo servidores públicos estaduais e empresários do ramo de venda de cereais, durante a Operação “Grãos de Ouro”.
De acordo com a promotora Cristiane Mourão, o Gaeco investiga a sonegação de imposto, principalmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no comércio de grãos de Mato Grosso do Sul que já causou prejuízo de, no mínimo, R$ 44 milhões aos cofres públicos. A organização já vinha sendo investigada há dois anos a pedido da Secretaria de Estado de Fazenda que identificou, em 2016, a suposta sonegação.
A promotora explicou que o esquema funcionava a partir da venda de grãos de Mato Grosso do Sul para outros estados, para fraudar o fisco, o grupo falsificava notas fiscais como se fosse venda interna para o próprio estado. Durante o transporte, motoristas falsificavam uma segunda nota, como se o produto fosse de outro estado, com destino também para outra unidade da federação, e estaria de passagem por Mato Grosso do Sul. Desta forma, a organização criminosa poupava os compradores de outros estados de pagarem o ICMS.
Os dois servidores públicos que foram presos facilitavam o esquema concedendo incentivos fiscais para as empresas. A dupla era responsável por fornecer informações privilegiadas para o grupo.
O Gaeco negou a fornecer os nomes dos alvos.
Prisões e apreensões
Dos 32 mandatos de prisão, foram cumpridos 13 mandatos em Campo Grande, 9 em Chapadão do Sul, 2 em Costa Rica e um em Itaporã. Dois em Cuiabá (MT), um em Rio Verde (GO), dois em Presidente Prudente (SP), um em Rodeio Bonito (RS) e um em Mineiros (GO).
Os agentes cumpriram 33 mandados de busca em Campo Grande, 21 em Chapadão do Sul, 11 em Costa Rica, 1 em Coxim, 2 em Itaporã, 3 em Nova Alvorada do Sul, 1 em Fátima do Sul, 1 em Cassilândia, 1 em Rio Negro, 5 em Rio Verde de Goiás, 3 em Mineiros (GO), 5 em Alto Araguaia (MT), 2 em Cuiabá, 2 em Presidente Prudente (SP), 2 em São José do Rio Preto (SP), 1 em Paranapuã (SP), 1 em Jales (SP), 1 em Oroeste (SP), 1 em Cosmorama (SP), 1 em Três Fronteiras (SP), 1 em Álvares Machado (SP), 1 em Uberlândia (MG), 1 em Unaí (MG), 1 em Paranaguá (PR) e 2 em Rodeio Bonito (RS).
14 empresas envolvidas
O controlador-Geral do Estado, Carlos Girão, informou que, ao todo, 14 empresas, sendo a maioria delas “fantasmas”, estão envolvidas no esquema e serão fechadas ao final da ação.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Decreto de Lula que aumenta IOF volta a valer em parte, decide Moraes

Mesmo com perfis bloqueados, Zambelli reaparece em rede social e critica Moraes

PIX é investigado em processo pedido por Trump

Carlão faz balanço positivo ao encerrar 1º semestre legislativo da Câmara

Deputados votam proposta do Executivo de reorganização de carreira na Ageprev

Com relatoria de Soraya, Senado aprova doação de alimentos a ONGs

PGR aponta Bolsonaro como principal articular do golpe e pede a condenação do 'Núcleo 1'

Deputado propõe subsidiar armamento com o programa "Minha Primeira Arma"

TJMS firma parceria para inserir mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho
