Menu
Menu
Busca quinta, 12 de junho de 2025
GOV UEMS PantanalTech - Jun25
Política

Se PEC 33 passar, 'melhor que se feche o Supremo', diz Gilmar Mendes

26 abril 2013 - 12h36Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta quinta-feira (25) que, se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o Congresso a barrar decisões da Corte for aprovada, é "melhor que se feche" o tribunal.

A proposta, de autoria do deputado Nazareno Fontelles (PT-PI), prevê que, quando o STF decidir pela inconstitucionalidade de uma emenda à Constituição, o Congresso poderá reavaliar o ato do tribunal.

Se parlamentares discordarem da posição do Supremo, a questão, segundo o projeto, será decidida em um plebiscito popular. A proposta também estabelece que, para o STF declarar a inconstitucionalidade de uma norma, serão necessários os votos de nove dos 11 ministros. Atualmente, bastam seis.

"Não há nenhuma dúvida, ela é inconstitucional do começo ao fim, de Deus ao último constituinte que assinou a Constituição. É evidente que é isso. Eles [CCJ] rasgaram a Constituição. Se um dia essa emenda vier a ser aprovada é melhor que se feche o Supremo Tribunal Federal. É disso que se cuida", afirmou Gilmar Mendes após a sessão desta quinta.

O ministro afirmou ainda que o tema não poderia ser aprovado por votação simbólica. "É recomendado que haja cautela em relação a isso. O que ficou entendido nesse episódio é o fato de uma matéria dessa gravidade ter sido aprovada por aclamação, por votação simbólica, sem uma manifestação em sentido contrário. É constrangedor, eu acredito, por uma comissão que se chama de Constituição e Justiça. Onde está a constituição e a justiça nesta comissão?"

Um pouco antes, o presidente em exercício do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse que "não há crise" entre os poderes Legislativo e Judiciário. Na quarta, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou projeto que permite aos parlamentares barrarem decisões do Supremo. A decisão repercutiu entre os ministros da corte, que no mesmo dia manifestaram oposição ao projeto da Câmara.

Ainda na quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes emitiu decisão que suspendeu o andamento do projeto de lei, defendido pela base governista no Congresso, que afeta o funcionamento de novos partidos políticos.

Perguntado se via com preocupação o fato de diversas questões do Congresso chegarem ao Supremo, Lewandowski disse que "é assim que funciona a democracia" e negou que haja uma crise.

"Creio que os poderes da República estão funcionando normalmente. Estranho seria se não houvesse atividade. A falta de atividades dos poderes é que é própria de ditaduras, de regimes autoritários. Os poderes estão funcionando. Cada qual toma as atitudes que entendem dentro de sua esfera de competência e assim é que funciona a democracia. Quando os poderes agem dentro de sua esfera de competência, a meu ver, não há o que se falar em retaliação. E muito menos crise. Pelo contrário, os poderes estão ativos, funcionando e não há crise nenhuma."

O ministro Lewandowski está no comando do Supremo porque o presidente da corte, Joaquim Barbosa, viajou para os Estados Unidos, onde deu palestra na universidade de Princeton e participou de evento da revista Time, que o elegeu como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.  Barbosa retorna ao Supremo nesta sexta.

Sobre a decisão provisória do ministro Gilmar Mendes de suspender o andamento do projeto que afeta os novos partidos, Lewandowski disse que a posição de Mendes foi tomada dentro do regimento do STF. Segundo ele, a decisão não teria que passar pelo conjunto de todos os ministros do tribunal. "Em mandado de segurança [tipo de recurso que questionou o projeto], a competência é do relator", disse.

Via G1

Reportar Erro
Funlec - Matriculas

Deixe seu Comentário

Leia Também

Senado aprova projeto que torna homicídio em escola crime hediondo
Política
Senado aprova projeto que torna homicídio em escola crime hediondo
Foto: Karime Xavier/Folhapress
Política
Deputados votam PL que muda a responsabilidade da isenção de ICMS a templos religiosos
Presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro
Política
Deputado solicita reforma integral da escola Hércules Maymone, na Capital
Parceria foca em capacitação, produção de conhecimento e fortalecimento da participação da população no Poder Legislativo
Política
Instituto de Direito e Escolas do Legislativo firmam parcerias para ampliar capacitações
Vereador Otávio Trad, presidente da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento
Política
Com foco na Saúde e Infraestrutura, vereadores apresentam 317 emendas à LDO 2026
Foto: Ricardo Maia/Ascom
Política
Bandeirantes tem candidaturas do MDB, DC e PSD para eleição suplementar
Projeto é de autoria do deputado estadual João Henrique Catan (PL)
Política
CCJR vota pelo arquivamento de projeto para alfabetização digital de idosos em MS
Partidos pedem revisão de decisão do TRE-MS favorável a Adriane Lopes
Política
Partidos pedem revisão de decisão do TRE-MS favorável a Adriane Lopes
Lula discursou no evento
Política
Lula critica redução de apoio ao desenvolvimento de países mais pobres
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante sessão na Câmara
Justiça
Moraes determina prisão definitiva de Carla Zambelli

Mais Lidas

Ele foi assassinado no meio da rua
Polícia
JD1TV: 'Ferrugem' é morto a tiros no Los Angeles
Indivíduos foram presos pela DHPP
Polícia
Assassinos de Moraci são presos quatro meses após execução nas Moreninhas
Pai mata vizinho após ver solicitação de amizade nas redes sociais da filha de 17 anos
Polícia
Pai mata vizinho após ver solicitação de amizade nas redes sociais da filha de 17 anos
Ferrugem foi baleado e morto pelas costas enquanto andava no Los Angeles
Polícia
Ferrugem foi baleado e morto pelas costas enquanto andava no Los Angeles