O Ministro da Fazendo, Guido Mantega, está otimista em relação ao futuro da crise que afetou o mundo em 2008. Para ele, os países não viveram um ano fácil, embora o Brasil se encontre melhor que o ano passado. “É um ano ainda de crise, provavelmente, o último da crise internacional”, disse, ao comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados no dia 3 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB do terceiro trimestre brasileiro caiu 0,5% em relação ao segundo, que havia sido impulsionado pelo bom desempenho da agropecuária. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia brasileira aumentou 2,2%. Segundo o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão de crescimento do PIB brasileiro para este ano recuou de 2,35% para 2,30%.
O economista e professor da UFRJ Mauro Osório acredita que a perspectiva de reconstrução da economia norte-americana para o próximo ano permite imaginar uma recuperação da crise mundial. “Com a reindustrialização dos EUA e a exploração do xisto é possível pensar em uma superação da crise”, explica. Assim, acrescenta, o país pode representar uma competição à China, que oferece a mão-de-obra barata e cresce mais rapidamente.
O Sócio-Diretor da Título Corretora de Valores Easynvest, Marcio Cardoso, diz que é difícil afirmar um fim da crise mundial, mas concorda que recuperação americana cria expectativas positivas. Para ele, o Ministro fez a afirmação, principalmente, porque o Brasil está “na mira” dos investidores externos. “O país tem boas oportunidades, o agronegócio se destacou. Não estou tão negativo quanto ao futuro”.
Para o próximo ano, o economista prevê um início lento devido às despesas do brasileiro com IPVA, IPTU e endividamentos de final do ano. Além disso, ele adiciona questões políticas ao nível de gastos para 2014. “É ano de eleições, tem copa do mundo, carnaval, tudo deve ser levado em consideração”, explica.
Osório acredita que o período eleitoral acaba dividindo as opiniões em “céu e inferno”, mas se mantém otimista em relação ao próximo ano. “Com avanço de concessões e recuperação de competitividade fiscal o Brasil deve crescer mais”, afirma.
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