Os produtos atingidos pela decisão são insumos para a indústria de bens de capital. A partir de 1° de outubro, as alíquotas, que haviam sido aumentadas para patamares entre 14% e 25%, voltarão a vigorar de zero a 18%.
Guido Mantega disse que a indústria do país está recuperada e pode enfrentar uma concorrência maior. A produção industrial vai bem. "Temos ao longo do ano quatro [meses] de crescimento e dois [meses] de crescimento negativo. Flutua mês a mês dependendo de dias úteis, fatores sazonais, mas está-se definindo claramente que haverá crescimento da produção industrial. Podemos dizer isso, com metade do ano decorrido", ressaltou, referindo-se ao período de janeiro a junho.
O ministro destacou que o câmbio valorizado prejudica os produtos importados e favorece a indústria nacional. Por isso, não haveria necessidade de proteção à indústria mantendo o imposto de importação dos insumos em patamares elevados.
"Com o câmbio que temos hoje, esse setor [a indústria] ganhou uma defesa natural", declarou Mantega. Ele disse não acreditar em impacto da medida na balança comercial, que tem apresentado resultados deficitários este ano. "A principal explicação para o resultado comercial menor é a conta do petróleo. Estamos importando mais e a Petrobras, provisoriamente, exportando menos. Mas vai aumentar e, daqui a pouco, voltaremos a exportar mais petróleo. Tirando o petróleo, o resultado comercial é normal. A mudança não preocupa com relação a deficit comercial", disse.
De acordo com Guido Mantega, o imposto de importação menor permitirá a utilização de insumos mais baratos e a prática de preços mais competitivos pela indústria da transformação. "A tendência dessa medida é deflacionária, para reduzir preços. Ou as indústrias do Brasil baixam o preço, ou haverá uma concorrência internacional", alertou. Apesar de admitir que o governo busca um impacto deflacionário com a medida, o ministro disse que a inflação não é motivo de ansiedade para o governo.
"A inflação está totalmente sob controle. Segundo o último índice que acompanhei, o IPC-S [Índice de Preços ao Consumidor Semanal] da FGV [Fundação Getulio Vargas], quase todos os itens estão negativos. [A inflação] está controlada, caindo para um patamar bastante baixo. Não foi por isso que tomamos essa medida, mas ela vai ajudar a baixar o preço", destacou o ministro da Fazenda.Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Economia
Maioria das empresas de MS se manteve estável ou em crescimento em maio

Economia
Entram em vigor novas regras de segurança para chaves Pix

Economia
Cebola, cenoura e pimentão ficam mais baratos em MS; frutas sobem com o frio

Economia
MS gera 3 mil empregos formais em maio; saldo no ano passa de 20 mil

Economia
Receita paga nesta segunda maior lote de restituição do IR da história

Economia
Caixa finaliza pagamento do Bolsa Família de junho nesta segunda-feira

Economia
Confiança dos empresários do comércio chega ao menor nível dos últimos 12 meses

Economia
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários dos NIS final 9 nesta sexta

Economia
Preços de alimentos caem e prévia da inflação de junho fica em 0,26%

Economia