Diante da escalada da fome, que vem sendo amplamente anunciada na faixa de Gaza, devido ao conflito com Israel e a restrição de ajuda humanitária, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer anunciou neste sábado (26), que o Reino Unido pretende evacuar crianças feridas e doentes da área para atendimento médico e mandar suprimentos por via aérea.
Decisão foi tomada após conversas com os líderes da França e da Alemanha em meio a alertas internacionais sobre o agravamento da fome em Gaza.
O Reino Unido vai fornecer suprimentos por via aérea por meio da Jordânia e dos Emirados Árabes, os únicos autorizados por Israel a oferecer ajuda aérea para Gaza.
Durante a conversa com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz, os três líderes classificaram a situação humanitária na região como "terrível" e defenderam a construção de um plano robusto para transformar um possível cessar-fogo em uma paz duradoura. O plano deve incluir outros países da região, segundo o governo britânico.
A iniciativa acontece após o secretário-geral da ONU, António Guterres, criticar a comunidade internacional por ignorar a crise humanitária em Gaza, chamando a fome generalizada no território de “crise moral que desafia a consciência global”.
Atualmente, a ajuda humanitária distribuída em Gaza é coordenada por uma fundação privada controversa — a Gaza Humanitarian Foundation (GHF), apoiada por Israel e Estados Unidos, mas que reúne polêmicas devido a mortes ocorridas na região de sua instalação — e uma pequena parcela é distribuída pela ONU e outras ONGs apesar de bloqueio israelense.
A restrição foi parcialmente flexibilizada, mas a quantidade de suprimentos distribuídos à população segue limitada e "a conta-gotas", denunciam a ONU e dezenas de países.
Diversos países, incluindo aliados históricos de Israel como Reino Unido, França e Canadá, pressionam por um acesso mais amplo à ajuda humanitária. Para essas nações, medidas como a evacuação de crianças e a retomada da entrega de suprimentos são passos urgentes para conter a crise.
Apesar das acusações frequentes de que o Hamas, grupo terrorista que controla Gaza, se apropriaria de parte da ajuda, altos oficiais militares israelenses disseram ao jornal americano The New York Times que não há evidências de que o grupo tenha roubado sistematicamente suprimentos enviados pelas Nações Unidas.
A ONU e Israel mantêm uma relação conturbada ao longo da guerra. Enquanto o governo israelense acusa a entidade de parcialidade e de ter sido infiltrada pelo Hamas, a ONU aponta dificuldades impostas por Israel para a entrega segura de alimentos e insumos básicos.
Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Tragédia em Sumatra já deixa mais de 900 mortos após enchentes e deslizamentos

Estratégia dos EUA libera uso de força letal na América Latina

Maduro pede apoio de brasileiros no mesmo dia de ataque dos EUA

Revisão Tarifária da Sanesul prevê aumento em duas etapas e amplia tarifa social

CCJR aprova licença de 18 dias para Eduardo Riedel

Pressionado por julgamento, Netanyahu solicita indulto presidencial em Israel

Passagem de ciclone afeta quatro países e deixa quase 600 mortos na Ásia

Vídeo: Trump fala em ofensiva terrestre contra o narcotráfico na Venezuela

Tiroteio perto da Casa Branca deixa dois militares feridos nos EUA


O bebê Muhammad e sua mãe foram deslocados de sua casa no norte de Gaza (Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images)




