Menu
Menu
Busca quinta, 06 de março de 2025
Justiça

Justiça absolve ex-delegado geral por tiroteio no trânsito da Capital

Juiz da 6ª Vara Criminal absolveu considerando que sua ação foi no exercício do dever legal

16 dezembro 2024 - 10h32Vinícius Santos     atualizado em 18/12/2024 às 15h31

Adriano Garcia Geraldo, ex-delegado-geral da Polícia Civil, foi absolvido da acusação de ter efetuado disparos de arma de fogo em via pública durante uma perseguição a uma pessoa em Campo Grande, no bairro Santa Fé. O caso ocorreu em fevereiro de 2022. A decisão é do juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de Campo Grande.

O Ministério Público Estadual denunciou Adriano por disparo de arma de fogo, ameaça, dano, peculato e abuso de autoridade. A denúncia apontava que Adriano, conduzindo uma viatura policial descaracterizada, teria iniciado uma perseguição após a pessoa ter feito um gesto obsceno em resposta a uma buzinada. 

Durante a perseguição, Adriano teria efetuado disparos contra os pneus do veículo da pessoa e a interceptado em dois momentos distintos, ordenando que ela saísse do carro. A acusação de perseguição foi rejeitada.

Adriano alegou legítima defesa e afirmou que a pessoa sabia que se tratava de uma viatura policial. Ele também argumentou que a pessoa danificou o dispositivo que continha as imagens do circuito interno de segurança do seu veículo, prejudicando a produção de provas.

O juiz absolveu Adriano de todas as acusações, acolhendo a tese da defesa de que ele agiu no exercício legal de suas funções. O magistrado considerou que não havia provas suficientes para condenar o ex-delegado, especialmente devido à falta de outras provas que corroborassem as declarações da pessoa envolvida na confusão. 

Tanto o Ministério Público quanto a pessoa envolvida no caso podem recorrer da decisão.Além disso, Adriano já havia sido inocentado em um processo interno na Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Em nota, os advogados de Adriano, Lucas Rosa e Ronaldo Franco disseram que "finalmente Adriano terá a paz merecida". Veja: 

Acusação improcedente foi rejeitada. O Judiciário reconheceu que Adriano agiu no exercício de dever legal.

Conclusão do relatório final do inquérito policial foi a mesma: a conduta de Adriano foi uma abordagem policial bem executada tecnicamente, de modo proporcional e sem excessos, diante de uma atividade suspeita que colocava em risco a segurança de terceiros.

MP – ignorando (sequer mencionando) as provas colhidas no IP e a conclusão da autoridade policial – ofertou denúncia por cinco crimes. Um absurdo, com todo o respeito. 

Adriano não merecia responder (e sofrer) a uma dura e maculosa ação penal sem as condições mínimas de prosseguir. 

Policial civil há 32 anos (16.9.92, início em SP), delegado há 24 anos (14.4.00); nunca havia respondido PAD ou processo criminal; nunca teve uma punição sequer. 

Defesa técnica sempre alertou: acusação era mesmo muito injusta. Agora está sepultada. Mas a dor e o sacrifício de Adriano não serão reparados. Espera-se que o MP aceite a justiça feita.

 

*Matéria atualizada dia 18/12/2024 às 15h30 para acréscimo da nota da defesa.

JD1 No Celular

Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.

Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Centro de Deodápolis -
Interior
Sem licitação, prefeitura de Deodápolis contrata escritório de advocacia por R$ 300 mil
Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul (PR/MS) - MPF
Cidade
MPF/MS abre processo seletivo para contratar estagiários
 Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) -
Justiça
Justiça bloqueia contas do ex-prefeito de Miranda
Viatura Polícia Militar
Polícia
MPMS pede à Justiça expulsão de policial condenado por facilitar contrabando
Sede da Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul
Justiça
PGE tem chapa única com Fabíola Rahim e Denis Castilho para Corregedoria-Geral do Estado
Sede Conselho Regional de Enfermagem do Mato Grosso do Sul / Coren-MS -
Justiça
Justiça Federal anula concurso do Coren-MS
Homem que quase matou cozinheiro em Campo Grande segue preso, decide TJMS
Justiça
Homem que quase matou cozinheiro em Campo Grande segue preso, decide TJMS
Diretora da SJMS Monique Marchioli Leite em reunião com o prefeito de Santa Rita do Rio Pardo, Lúcio Roberto Calixto Costa -
Interior
Justiça Federal Itinerante vai atender Santa Rita do Pardo, Ribas e Brasilândia em maio
Empresa é condenada a indenizar trabalhador que era obrigado a orar antes do expediente
Justiça
Empresa é condenada a indenizar trabalhador que era obrigado a orar antes do expediente
Leandro Coelho Marques
Justiça
Tatuador cego continua preso após audiência de custódia

Mais Lidas

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar atenderam a ocorrência
Polícia
JD1TV: Homem morre ao infartar durante caminhada no Parque das Nações
Caso foi registrado na Deam
Polícia
Mesmo com filha no colo, mulher apanha do namorado músico em Campo Grande
Simão Victor Ximenes tinha 39 anos e trabalhava na Caixa Econômica Federal
Polícia
Homem que morreu durante caminhada no Parque das Nações era bancário em Campo Grande
Foto: Jardim MS News
Polícia
Homem mata irmão e cunhado antes de tirar a própria vida em Jardim