O deputado Antonio Carlos Arroyo é o mais forte dos nomes para ser indicado ao Tribunal de Contas nesta semana, numa reunião da qual participarão o governador André Puccinelli e o deputado Jerson Domingos, presidente da Assembleia, provavelmente na terça feira.
Uma série de fatores conspiraram a favor de Arroyo. Inicialmente, logo após o falecimento da conselheiras Celina Jallad, o nome do secretário Osmar Jerônimo era apontado como o favorito para o cargo. O fato de a vaga ser da Assembleia e de o governador não ter comprado a ideia, porém, fez com que Osmar continuasse secretário.
A segunda opção, que surgiu, e com muita força, logo em seguida, foi de o próprio Jerson Domingos ser indicado conselheiro, alternativa que seria quase consensual na Assembleia.
Os esclarecimentos que ainda devem ser prestados a diversos órgãos, no entanto, envolvendo o polêmico vídeo do ex-deputado Ari Rigo, e que exigem uma operação complexa tanto de natureza jurídica, quanto política, devem manter Jerson no comando da Assembleia.
A Casa experimenta também um novo momento, com o poder compartilhado entre seus dois secretários, Paulo Correa e Paulo Duarte, e com ambos patrocinando o que chamam de um “choque de gestão” no Legislativo. A nova ótica administrativa complementa todo o esforço que vem sendo feito, no sentido de se dar uma nova imagem ao poder.
Uma eventual aposentadoria de Jerson, segundo vozes da Assembleia, mais atrapalharia que ajudaria, pois sua presença em ambas as frentes, tanto a político -jurídica, quanto a administrativa (interna), são vistas como fundamentais para que ambas as situações sejam finalizadas, e com um final feliz.
A ida de Arroyo para o TC tem também outros aspectos atrativos. Consumando-se a indicação, Youssif Domingos retomaria uma cadeira de deputado, fato que é simpático e desejado, ao círculo palaciano.
Um detalhe, em política tudo pode mudar, mas, na noite de sexta-feira, esta equação era dada como certa.
Fonte: Jornal de DomingoReportar Erro
