Ao apresentar as alegações finais no julgamento da tentativa de golpe do 8 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus do núcleo considerado “crucial”.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro "figura como líder" da organização criminosa – é o "principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito."
Além de Bolsonaro, estão presentes no núcleo ex-ministros e militares aliados diretos do ex-presidente, como o tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, acusado de disseminar desinformação sobre urnas mesmo sem encontrar provas de fraude.
Em delação premiada firmada em 2023, relatou reuniões de teor golpista e afirmou que Bolsonaro recebeu e editou minuta de decreto que previa Estado de Exceção.
Ex-ministro da Defesa, chefe da Casa Civil e candidato a vice de Bolsonaro, Walter Braga Netto é acusado de participar do planejamento do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo Cid, ele teria levantado recursos para financiar acampamentos golpistas e pressionado os comandantes das Forças Armadas a aderirem ao plano. Está preso preventivamente desde dezembro de 2024, acusado de tentar interferir nas investigações.
Outros integrantes da lista são Alexandre Ramagem ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no governo Bolsonaro, acusado de usar a agência para fins políticos no esquema da “Abin paralela” e de subsidiar Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral.
Almirante de esquadra, Almir Garnier assinou nota em defesa dos acampamentos em frente a quartéis do Exército. Segundo a PGR, foi o único integrante das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe, tendo colocado tropas da Marinha à disposição do ex-presidente.
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, acusado de permitir que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) dificultasse o voto de eleitores.
General Augusto Heleno ajudou na propagação de mensagens que contestavam a segurança do sistema eleitoral brasileiro e Paulo Sérgio Nogueira, general da reserva, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa. Participou de reuniões sobre o golpe e, segundo a PGR, buscou apoio entre comandantes das Forças Armadas. Também é acusado de reforçar desconfiança pública sobre as urnas eletrônicas.
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