O Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE) e deferiu o bloqueio de bens, na quantia de R$ 16 milhões de reais do ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, em relação ao convênio firmado com a Seleta e Omep.
O MPE entrou com a ação para suspender a decisão da Quarta Câmara Cível que deu provimento a agravo de instrumento que desbloqueou os bens do ex-prefeito, apesar de ainda haver recursos para tramitar em Tribunais Superiores.
Relembre o caso
Anteriormente, o MPE já havia proposto uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito, requerendo a decretação da indisponibilidade de bens dos réus, no valor de poço mais de R$ 16 milhões, para garantir a indenização dos prejuízos causados aos cofres públicos municipais, por conta de contratações "fictícias" ("funcionários fantasmas") e de pagamentos em duplicidade nos convênios do Município de Campo Grande com as entidades Seleta e Omep durante os anos de 2012 a 2016.
Na época, os ex-prefeitos Nelson Trad, Alcides Bernal e Gilmar Olarte, que são réus e já respondem a outros processos de improbidade administrativa e, diante de várias ações desta natureza, teve o bloqueio de bens pela justiça, como forma de garantir a reparação dos danos aos cofres públicos.
A ação apontou irregularidades na execução dos convênios, hoje extintos, com a Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar (Omep) e Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária.
Em 2007, por meios dos convênios com a Omep e Seleta, a prefeitura de Campo Grande mantinha 537 contratados e em 2016 o número chegou a 4,3 mil. Deste total, somente 267 foram convocados, ou seja, apenas 6% do total.
A prefeitura realizou contratações continuadas e reiteradas de milhares de Servidores para desempenharem atividade-fim em diversas áreas da Administração Pública, sem prévia aprovação em concurso público, notadamente a fim de atender interesses políticos, desviar recursos públicos, além de burlar a lei de responsabilidade fiscal.
Além disso, verificou-se que haviam salários pagos em duplicidade aos mesmos contratados, bem como inexistência de controle de frequência adequado, restando comprovada a ocorrência de "funcionários fantasmas" no âmbito da administração pública.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

VÍDEO - 'Você vai morrer': Deputada do PT recebe ameaças de morte em Dourados

Flávio Bolsonaro confirma candidatura à Presidência em 2026

PSDB define nova executiva em MS com Beto Pereira na presidência

Maduro pede apoio de brasileiros no mesmo dia de ataque dos EUA

LDO 2026 é aprovada com superávit previsto de R$ 34,3 bilhões

"Delirante", diz Marquinhos ao processar Adriane por fala em rádio sobre manifestação

Decisão de Gilmar Mendes provoca reação intensa entre parlamentares

Termo de Compromisso assinado em Campo Grande assegura Passe do Estudante em 2026

Câmara analisa projetos sobre habitação, educação especial e transparência


O ex-prefeito Nelson Trad Filho (Reprodução/internet)



