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Crise política, terremoto e eleição; veja o que ocorreu na América Latina

28 dezembro 2017 - 15h16Agência Brasil

Na América Latina, região que ainda convive com altos níveis de pobreza e desigualdade, 2017 foi um ano de dificuldades, mas com viés de melhora. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), as projeções econômicas estimam um crescimento da região de 1,2% para este ano, em um aumento impulsionado pela produção de matérias-primas.

No plano político, a crise na Venezuela continua e as relações entre os Estados Unidos e Cuba retrocederam após a assunção ao poder do republicano Donald Trump, que revisou várias das medidas de distensão adotadas para a ilha pelo seu antecessor Barack Obama. E vários países sofreram turbulência por causa da crise deflagrada com as revelações de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht, o que levou à prisão de autoridades.

Argentina

Passados dois anos de sua chegada ao poder, 2017 foi o ano no qual o presidente Mauricio Macri viu a vitória dos governistas nas eleições legislativas de outubro, o representou um ganho de fôlego para a segunda metade do mandato, que será marcada pela presidência argentina do G20 em 2018. Apesar de polêmica e de protestos contrários, a reforma da Previdência foi aprovada em dezembro, com mudanças nas regras para aposentadoria.

Venezuela 

Vivendo a sua "maior crise política, social e econômica", com desemprego recorde e protestos nas ruas, a economia venezuelana termina o ano com uma inflação de mais de 2.000%, segundo cálculos do Parlamento. O país atravessa uma grave escassez de alimentos, remédios e outros produtos básicos e aumento quase diário dos preços. Com uma questionada Assembleia Constituinte instalada em agosto, presos políticos e a Justiça controlada pelo governo, o Parlamento é o único poder do Estado venezuelano controlado pela oposição. Por conta da falta de liberdades democráticas, a Venezuela está suspensa do Mercosul desde dezembro de 2016 e em 2017 sofreu sanções da Organização dos Estados Americanos (OEA), de países da região e da Europa e dos Estados Unidos. Apesar da crise, o presidente Nicolás Maduro já anunciou que buscará a reeleição em 2018.

Bolívia 

O presidente Evo Morales anunciou que disputará o seu quarto mandato consecutivo. Morales visitou o Brasil no começo deste mês de dezembro, quando destacou seu interesse estratégico em fornecer energia aos estados brasileiros que fazem fronteira com a Bolívia. O governante boliviano se referiu também ao interesse mútuo dos dois países de dispor de "uma saída ao Pacífico", mediante o projeto do Corredor Ferroviário Bioceânico, que atravessaria o Peru, a Bolívia e o Brasil, interligando os países por via férrea desde o Oceano Pacífico até o Atlântico.

Chile

Em dezembro, o candidato conservador Sebastián Piñera venceu as eleições presidenciais contra o aliado da presidente Michelle Bachelet, que encerra seu mandato. Apesar de ser um dos países mais equilibrados economicamente da América do Sul, com desemprego baixo (6,7%), os chilenos cobram garantia do Estado de educação de qualidade, um sistema de saúde confiável, aposentadorias dignas, segurança e bons empregos.  Segundo analistas, o Chile segue cotado para tornar-se o primeiro país desenvolvido da América do Sul, devendo fechar 2017 com uma expansão de 1,5% do PIB.

Peru

Foi um dos mais afetados pelas revelações da construtora Odebrecht, que quase levaram à destituição do presidente Pedro Pablo Kuczynski. Na véspera do Natal, Kuczynski tomou uma decisão polêmica ao conceder indulto ao ex-presidente e opositor Alberto Fujimori. A medida levou peruanos às ruas e pedidos de demissão de integrantes do governo. Para muitos, o indulto é interpretado como um acordo político.

Cuba

O país enfrentou a passagem de violentos furacões, a redução da ajuda de sua aliada Venezuela e a reversão da reaproximação Cuba-EUA, com o endurecimento do embargo dos Estados Unidos. Em novembro, o governo de Donald Trump tornou mais difícil para os americanos viajar e realizar negócios com a ilha, revertendo a política anterior de Obama de estabelecer relações mais amigáveis com Havana. Apesar disso, o crescimento no turismo, transporte, comunicações, agricultura e construção proporcionou uma expansão de 1,6% este ano. E o Parlamento de Cuba adiou em dezembro a transferência histórica de poder de Raúl Castro para um novo presidente, o que só deve ocorrer a partir de abril de 2018.

Colômbia

A celebração do acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que entrou em vigor no final de 2016, trouxe mais segurança e estabilidade. Na sequência, as Farc anunciaram em julho sua transformarão em partido político e disposição de concorrer às eleições. Os conflitos contudo permanecem em algumas áreas e prosseguem as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN). E, como em outros países, as denúncias da Odebrecht também levaram à prisão de vários políticos e autoridades colombianas em 2017. 

Mercosul

Neste ano, as negociações, que já duram 20 anos, do acordo do bloco com a União Europeia (UE) avançaram, e a assinatura está prevista para o início de 2018. O tratado reduz as barreiras comerciais entre os 28 países da UE e os quatro do Mercosul e afetará 90% do comércio entre os dois blocos. O Brasil presidiu o Mercosul durante o segundo semestre de 2017 e, em dezembro, ao final da 51° Cúpula de Chefes de Estado do bloco, em Brasília, transmitiu a presidência pro tempore do grupo para o Paraguai. Em julho, os países do Mercosul assinaram, durante reunião de cúpula, um acordo ampliando suas relações comerciais com a Colômbia. 

México

No começo do ano, com a posse de Donald Trump, os mexicanos protestaram veementemente contra a construção de um muro na fronteira. E, apesar da retórica protecionista inicial do republicano, em novembro, os governos do México, dos EUA e do Canadá conseguiram avançar nas negociações para atualizar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).

O momento mais dramático para o México em 2017 contudo ocorreu em setembro, quando dois fortes terremotos causaram mais de 400 mortes, enormes perdas financeiras e uma reação popular de solidariedade.

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