Os manifestantes, por sua vez, se dividiram em grupos para tentar burlar o esquema de segurança. Ocorreram confrontos nas proximidades de dois shoppings centers e na rodoviária da cidade, na região central do Plano Piloto. Pelo menos 30 pessoas foram detidas pelos policiais. Jornalistas também foram atingidos durante os confrontos no centro da capital.
No Setor Hoteleiro Sul, nas proximidades do Hotel Planalto Bittar, policiais da Tropa de Choque agrediram as pessoas que passavam pelo local. Após a reclamação de um manifestante contra a postura adotada, um policial disparou uma bomba de gás lacrimogêneo contra a cabeça dele. O repórter da Agência Brasil, Luciano Nascimento, foi apurar o ocorrido e, mesmo se identificando, foi agredido por três policiais com spray de pimenta e empurrões.
"Eles não conversaram em nenhum momento, chegaram disparando bomba e spray de pimenta. Eram muitos”, disse a estudante Leticia Hellen, que presenciou o ocorrido.
Os manifestantes protestavam contra a falta de transparência e os gastos excessivos com as obras da Copa do Mundo. "Algumas pessoas falam que as obras vão ficar para a população, mas, os mais de R$ 2 bilhões gastos no estádio não serviram para a população pobre da periferia, que sofre com a falta de escolas e de saúde”, disse o integrante do movimento Levante Popular, Francis Rocha.
O integrante do Movimento Copa para Quem?, Vinícios Lobão, destacou que para as obras preparatórias nas cidades sedes da Copa do Mundo, ocorreram “mais de 250 mil remoções e as pessoas que foram removidas não estão sendo realocadas em lugares adequados".
Quando a manifestação chegou perto do estádio, a polícia começou a atirar balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra os manifestantes. Houve correria. Um grupo se dirigiu para o Setor Hoteleiro Sul e outra parte foi em direção à rodoviária.Reportar Erro
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