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Orientações não teriam sido repassadas a moradores de Brumadinho

A população nega ter recebido orientações da Vale sobre evacuação ou plano de fuga em caso de acidente

03 fevereiro 2019 - 11h50Agência Brasil

Moradores da comunidade de Parque das Cachoeiras, em Brumadinho (MG), afirmam que nunca receberam orientações da Vale com relação a possíveis riscos da barragem instalada no município ou planos de fuga e de evacuação em caso de acidentes.

No último dia 25, a barragem Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu. Até o momento, as autoridades contabilizam 121 mortos, com 93 corpos identificados. Há ainda 226 desaparecidos e 395 pessoas localizadas.

De acordo com o programador e empresário Mário Lúcio Fontes Pato, 64 anos, em nenhum momento houve instrução aos moradores do que fazer em caso de rompimento.

“Absolutamente nenhum tipo de informação. Se a sirene tocar, você corre pra lá, corre pra cá ou fica dentro de casa, por exemplo. Nem eu nem ninguém recebeu treinamento. Se existia um plano de contingência era no papel, na Vale”, destacou o morador.

Ele afirma que recebia, mensalmente, panfletos da mineradora explicando ações como a instalação de centros de saúde. Não houve, entretanto, informações ou treinamento para situações de emergência.

Em nota, a Vale informou que a barragem tinha sistema de vídeo-monitoramento e alerta por meio de sirenes e cadastramento da população à jusante. "Também foi realizado o simulado externo de emergência em 16 de junho de 2018, sob coordenação das Defesas civis e com apoio da Vale, e o treinamento interno com os funcionários em 23 de outubro de 2018".

Interdição

O empresário é o dono da única casa da rua que não está interditada pelo Corpo de Bombeiros por ficar em um lugar mais alto. No fundo da casa, passava um riacho de aproximadamente 3 metros de largura que deságua no Rio Paraopeba. O mar de lama comeu praticamente tudo ao redor. Segundo ele, até o momento, cinco corpos foram resgatados na área. Do local onde a barragem estourou até a propriedade são cerca de 8 quilômetros tomados pelos rejeitos.

“Não tem maneira de restaurar o ecossistema e o que tinha aí embaixo”, lamenta, apontando para o local onde viu as filhas crescer e brincar.

O casal que mora na região há 35 anos tem vários amigos desaparecidos e afirma que viu a lama tomar conta de grande parte da história de vida da família.

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