O prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) declarou que, caso não haja problemas com licitação, resolverá até o final do ano o problema do lixão em Campo Grande. O prefeito ressaltou que os transtornos com o lixo em Campo Grande já duram 30 anos e garantiu que é ele quem resolverá.
Trad explica que quando assumiu a administração em 2005 resolveu enfrentar o problema e optou por uma solução ambientalmente correta, sem queima ou poluição. A partir disso, foi ao Ministério das Cidades e Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e solicitou recursos para garantir a retirada de 84 famílias do lixão.
Segundo o prefeito, estava tudo certo. Porém, houve uma evolução grande no número de famílias por conta da demanda social, passando de 84 para 306 famílias frequentando o aterro. Diante disso, teve dois problemas: com o lixo e com a questão social. Com o “pepino” nas mãos, o prefeito foi ao lixão e ofereceu a oportunidade dos trabalhadores saírem do lixão e trabalharem com carteira assinada em outro local. Entretanto, para sua surpresa, ninguém aceitou, pois não queriam ganhar um salário inferior ao que conseguia no lixão, que em média é de R$ 1,5 mil.
O prefeito confidenciou que a tarefa foi difícil, mas continuou o trabalho para tentar resolver o problema. Desta maneira, passou a visitar outras cidades, indo a São Paulo-SP, Niterói-RJ, Belo Horizonte-BH e Vitória-ES, onde se interessou pela prática adotada, já que eles possuem usina de processamento de lixo e conseguiram absorver as pessoas que sobrevivem de reciclagem.
Trad revela que foi ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e garantiu o recurso para construir a usina de triagem necessária para absorver estes trabalhadores. Diante disso, chamou os trabalhadores e falou que tinha a solução: Pediu para que eles criassem uma associação ou cooperativa porque atuariam em frente ao aterro, na usina de processamento, comercializando os produtos diretamente com quem recicla.
Encontrada a solução, Trad afirma que enviou alguns trabalhadores a Belo Horizonte para ver como funcionava e trazer dicas para melhorar o projeto a ser desenvolvido em Campo Grande, o que de fato aconteceu, provocando alteração no projeto inicial. “Tudo para implementar uma nova modelagem ao lixão em 2012”.
O prefeito lembra que foi realizada uma audiência pública sobre a destinação do lixo e era a oportunidade para que as pessoas apresentassem solução. Porém, pouca gente compareceu para contribuir. Trad ressalta que teve coragem de assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público e que vai cumprir tudo. Entretanto, afirma que o prazo foi adiado por conta de problemas com o edital para licitação, já que a questão é ampla e deve ser organizada com bastante profissionalismo.
Nelson Trad garante que reforçou a equipe de segurança no lixão para evitar que crianças entrem no local, principalmente no período de férias, quando o risco é maior. Ele afirma ainda que na manhã em que o menino Maikon, 9 anos, morreu soterrado no lixão, uma equipe da secretaria de Assistência Social esteve no bairro para alertar os familiares sobre o perigo de entrar no lixão.
Trad faz questão de ressaltar que no bairro existe um Centro de Referência de Assistência Social onde tem uma opção pública social para atender a população. Além disso, relata que construiu um Ceinf (Centro de Educação Infantil) e ampliou todos os outros da região para atender a comunidade. “O problema é de 30 anos e eu vou resolver”, finalizou.
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Prefeito Nelson Trad Filho fala sobre problema no lixão da Capital 



