O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, já admite que o preço da gasolina pode aumentar.
"Provavelmente vamos precisar ajustar o preço doméstico. Esse é um processo que depende essencialmente do comportamento do mercado internacional. Enquanto isso vamos trazer importação. Não vai faltar gasolina no Brasil", afirmou em entrevista ao Jornal da Globo na última segunda-feira (25).
O executivo destaca o aumento da demanda devido à "crise no mercado de etanol e ao aumento na venda de carros flexfuel". "Tivemos aumento de 19% da demanda de gasolina em 2010. Isso fez com que nossa capacidade de produção chegasse ao limite. Nós estamos praticamente no limite das refinarias hoje existentes", completou.
Para dar suporte ao seu plano de investimentos -de US$ 224,7 bilhões de 2011 a 2015-, a Petrobras partiu da premissa de que o preço do petróleo ficará, na média, entre US$ 80 o barril, no cenário mais conservador, e US$ 95, na visão mais otimistas até 2015.
Se a primeira hipótese prevalecer, a estatal terá de captar US$ 91,4 bilhões no mercado nos próximos anos e ampliar mais seu endividamento, já que contará com uma geração menor de caixa (US$ 125 bilhões).
Mas, se o preço do petróleo ajudar e ficar na previsão mais alta, a Petrobras terá de buscar menos recursos no mercado (US$ 67 bilhões) e contará mais com o seu fluxo de caixa (US$ 148,9 bilhões) para financiar seus investimentos.
Neste ano, avalia a estatal, o preço do barril do petróleo Brent ficará em US$ 110. Para Gabrielli, mesmo na hipótese mais conservadora, a estatal não vai ampliar muito seu endividamento e sua taxa de alavancagem (a relação entre dívida e faturamento atingirá 29%) a ponto de comprometer a manutenção do grau de investimento.
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