De acordo com Rafael Azevedo, diretor do Grupo Cortel, holding responsável pelo Crematório Metropolitano de Porto Alegre, as joias são únicas e utilizam apenas parte do material gerado com a cremação. “Geralmente, depois do processo de cremação, restam de dois a cinco quilos de cinzas ou restos queimados. O que precisamos para fazer um diamante é algo em torno de 500 gramas”, explicou em entrevista ao site G1.
Estes 500 gramas são suficientes para criar uma pedra de até um quilate. O valor mínimo do chamado Diamante In Memoriam, de mais de R$ 30 mil, e inclui a viagem do material até a Europa para a realização do procedimento, que pode levar entre 18 e 52 semanas para chegar até as mãos dos familiares. O restante das cinzas permanece intocado e junto aos familiares.
Azevedo comenta que o processo é de responsabilidade do crematório, que envia o material para a Suíça. Depois de enviadas, as cinzas passam por um processo químico que separa o carbono, matéria-prima necessária para a fabricação do diamante. Na segunda etapa, o carbono é submetido a altos níveis de pressão e temperatura, gerando o grafite que, depois de limpo, será a base para o diamante. O processo é igual ao da natureza, mas ocorre de forma muito mais rápida.
Constituído o diamante em estado bruto, inicia-se a etapa de lapidação e polimento para que chegue ao formato desejado pelos familiares. O serviço oferece pelo menos seis opções: coração, princesa, brilhante, oval, esmeralda, radiante, asscher e navette. Depois de pronto, o produto é levado ao cliente junto a um certificado de autenticidade.
A cor do diamante pode variar entre diversos tons de azul. O que determina a coloração é o elemento boro, presente nas cinzas. A característica é única de cada pedra, já que a cor é influenciada pelos hábitos e estilo de vida da pessoa que morreu.
“É uma homenagem que traz um simbolismo muito grande, pois literalmente é a transformação do que sobrou daquela pessoa em um diamante. E como a cor dele também varia de acordo com os elementos químicos dos restos cremados, isso quer dizer que cada diamante é único, assim como as pessoas”, diz Azevedo.Reportar Erro
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