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Algodão: setor busca novas rotas para bater recorde de exportação

10 julho 2018 - 13h58Da redação com assessoria

A safra 2018/2019 pode ser de recordes para o algodão brasileiro. A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) estima que a produção alcance 2 milhões de toneladas, superando a temporada 2011/2012 – recorde atual. A alta vai possibilitar um crescimento também das exportações: a entidade espera que 1,2 milhão de toneladas sejam embarcadas de julho de 2018 a junho de 2019, número também inédito. “É uma safra com potencial enorme e há boas perspectivas para o mercado de algodão no Brasil e no mundo”, diz Henrique Snitcovski, presidente da Anea. 

Para ampliar as exportações, porém, o setor deve enfrentar desafios logísticos, como a disponibilidade de contêineres. “Quando o recorde de embarques, de 1,030 milhão de toneladas, foi alcançado em 2011/2012, o momento econômico do país era diferente, as importações de produtos estavam em alta, então tínhamos mais contêineres para exportação”. A situação deve aumentar o volume de embarques – tradicionalmente concentrados no segundo semestre – no começo de 2019. “Com uma safra maior, o setor precisa se mobilizar. É importante que a gente consiga entregar as mercadorias no porto e embarcar dentro da programação, porque se perder embarque não recupera depois”.
 
Outro desafio é encontrar rotas alternativas para as vendas externas do algodão brasileiro. Hoje, 95% das exportações ocorrem pelo Porto de Santos. A ideia é viabilizar a saída da pluma baiana pelo Porto de Salvador e discute-se também o uso do Porto de Manaus. “Precisamos começar esse trabalho desde já, porque a produção está crescendo e se deixarmos essa questão sempre para frente, nunca vamos conseguir que as exportações sejam melhor distribuídas”, afirma Snitcovski.
 
Segundo ele, a Anea está trabalhando com associações de produtores para realizar essas mudanças. “O consumo hoje é concentrado na Ásia, então é importante fomentar essas linhas diretas para os principais destinos junto com os armadores”. Vietnã, Indonésia, Bangladesh, China, Turquia, Coreia do Sul e Paquistão são responsáveis, atualmente, por 85% das importações de algodão brasileiro.
 
Em relação ao nível do produto brasileiro, muito discutido no passado, Snitcovski diz que a última safra foi de excelente qualidade e que a atual também deve ser. “Os primeiros resultados de classificação visual e característica intrínseca são muito bons. Devemos ter uma safra grande e com boa qualidade”. Ele afirma que as indústrias e os principais consumidores do mercado global têm reconhecido a qualidade do algodão brasileiro. “Então é importante continuar com essa tecnologia para que nossa qualidade continue sendo aceita e reconhecida”.
 
Guerra comercial
 
A China deve voltar a importar mais algodão a partir dessa temporada, já que os estoques construídos em 2011/2012 já não são mais tão expressivos. Por ano, o país produz cerca de 6 milhões de toneladas e consome 9 milhões de toneladas, segundo o presidente da Anea. “Então, para corrigir esse déficit, eles vão passar a importar mais”. Com a imposição pela China de sobretaxas sobre a importação de algodão norte-americano, o Brasil pode ter a oportunidade de aumentar sua participação no mercado chinês. Atualmente, 50% das importações de algodão chinesas vêm dos Estados Unidos. “Mas também vai aumentar a competição em outros mercados, pois o algodão norte-americano vai procurar outros destinos”.
 
Preços
 
Para a temporada 2018/2019, Snitcovski acredita numa situação de preços equilibrados, já que relatório do USDA aponta que o consumo vai ultrapassar a oferta na temporada em 1 milhão de toneladas. “A tendência é essa, até para que possa incentivar um crescimento das áreas de plantio para atender essa demanda em recuperação”. De acordo com ele, o equilíbrio nos valores é importante para não desfavorecer o consumo. “A demanda foi muito afetada em 2011/2012 com a alta dos preços no mercado internacional. Essa distorção fez com que as fábricas optassem por fibras alternativas e até fechassem. Por isso é importante um preço que mantenha as áreas de produção, mas também estimule a procura, porque desfavorecer o consumo em um momento de recuperação seria muito ruim para o algodão no médio e longo prazos”.

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