Dezenas de mulheres ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), na manhã desta terça-feira (3), contra o posicionamento do deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB), que repudiou o fato de uma calcinha ter sido encontrada em frente a uma igreja durante as festividades do carnaval de Campo Grande, na região da Esplanada Ferroviária.
Com gritos de “mulheres unidas, jamais serão vencidas”, o “calcinhaço”, como foi convocado o evento nas redes sociais, foi marcado pela indignação das manifestantes que pedem para que os parlamentares se preocupem mais com políticas que beneficiem a população feminina. “Um deputado se incomodou com uma calcinha na calçada, ao invés de se incomodar com o alto índice de feminicídio, estupro, além da falta de uma secretária da mulher aqui no Estado. O deputado foi eleito para representar os direitos do povo aqui dentro da Casa de Leis”, disse uma das manifestantes, Natália Braga.
Para a atriz e produtora do Bloco Capivara Blasé, Ângela Montalvão, o protesto tem duas frentes principais. “Primeiro uma tentativa de uma narrativa pobre para demonizar o carnaval, uma manifestação popular tão importante para a economia do país. Segundo que essa tentativa de demonizar o carnaval aconteceu por uma via extremamente machista. Foi pelo uso de uma calcinha num sentido pejorativo", explicou.
O deputado Rinaldo tentou usar a tribuna para explicar seu posicionamento, foi vaiado pelas manifestantes e a sessão foi suspensa. Logo em seguida, com a sessão retomada, o deputado petista, Pedro Kemp, falou sobre a importância do ato no mês que marca pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. “Não poderemos abrir o mês de março de uma forma tão expressiva e significativa de mulheres. Mês de reflexão e luta pela igualdade de direito entre homens e mulheres, além da violência contra as mulheres”, disse ao defender o manifesto e o carnaval.
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As manifestantes penduraram calcinhas em varal durante a manifestação (Priscila Porangaba)



