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“Estão amarrados um ao outro”, diz Simone sobre Moro e Bolsonaro

A fala é da senadora Simone Tebet (MDB-MS) sobre suposta demissão de Sérgio Moro e abalo a apoio ao presidente Jair Bolsonaro

24 abril 2020 - 08h50Priscilla Porangaba, com informações da Folha de S. Paulo    atualizado em 24/04/2020 às 08h50

Após exoneração do diretor-geral da PF Maurício Valeixo e suposto pedido de demissão do ministro da Justiça Sérgio Moro ao presidente Jair Bolsonaro, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse que “eles estão amarrados um ao outro”.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, diz que uma saída do ministro vai abalar o apoio popular a Bolsonaro, mas também será prejudicial a Moro.

“Se o Moro pede para sair, Bolsonaro perde sua estabilidade e apoio popular, que está muito calçado na atuação do ministro. Se o Moro sair, ele perde a chance de conseguir uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF)”.

Moro teria pedido demissão ao ser informado de que Valeixo seria substituído, com isso o governo deflagrou uma movimentação para tentar demovê-lo, o que incluía a possibilidade de ele indicar o novo comandante da PF, mas Aleixo foi exonerado.

Com isso, o ministro marcou  um pronunciamento às 11h desta sexta-feira (24).

Em anonimato a Folha de S. Paulo, membros da Polícia Federal e do Ministério da Justiça afirmam que a estratégia de Jair Bolsonaro que resultou no suposto pedido de demissão feito pelo ministro Sergio Moro envolve uma tentativa de o presidente controlar as ações e as investigações da corporação no país.

O alvo principal são apurações que podem gerar problemas para a família presidencial e para a rede de apoio, além da falta de ações contra adversários políticos.

A disseminação de fake news por parte da rede de apoio bolsonarista é uma dasações. O presidente não tem acesso a informações do inquérito conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e culpa por isso o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro exonerado nesta manhã.

A saída de Valeixo seria uma forma de proteger os filhos, principalmente o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News identificou a participação de assessor do parlamentar na disseminação de ataques nas redes contra políticos e judiciário.

O presidente tem falado ainda a aliados que quer colocar a PF para apurar supostos desvios relacionados à pandemia do novo coronavírus nos estados.

Bolsonaro quer investigar supostas irregularidades no Rio e em São Paulo, fazendo menção aos governadores Wilson Witzel (PSC) e João Doria (PSDB).

Ainda de acordo com a Folha de S.Paulo, segundo avaliação dentro do Ministério da Justiça é a de que o presidente tenta achar culpados para as crises que ele mesmo gera e tem transferido para Moro problemas relacionados a família e apoiadores. Além de ver no ministro um adversário político em potencial.

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, afirmou que Bolsonaro tem que ter cautela ao se discutir uma troca de comando na pasta.

Entre os parlamentares, eclodiram ao menos três teses sobre a tensão envolvendo o ministro da Justiça e Bolsonaro.

Alguns disseram suspeitar de que o afastamento de Valeixo e consequente enfraquecimento de Moro tenha entrado no acerto que o presidente tem costurado com partidos do centrão. Vários integrantes das siglas são alvos da operação Lava Jato, que teve em Moro seu principal personagem até o final de 2018.

Eles avaliam que esses parlamentares respaldam a troca por se ressentirem com o comportamento da polícia durante as investigações da operação.

Outra hipótese que circulou é que a troca do diretor da PF tinha como foco o temor dos rumos da investigação não só das milícias digitais pró-Bolsonaro, mas do ato pró-golpe militar da qual Bolsonaro participou no domingo (19).

No Congresso, os que se manifestaram abertamente, criticaram a possibilidade de troca do comando da PF e saída de Moro.

A demissão também joga “desconfiança sobre o Palácio do Planalto quando diz ter como uma das prioridades o combate à corrupção”, complementa. “A demissão de Moro só será comemorada pelos corruptos”.

Uma solução para sua permanência vem sendo discutida pelos ministros generais da Casa Civil, Walter Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Segundo assessores presidenciais, uma indicação positiva havia sido dado pelo ministro da Justiça.

Moro havia sinalizado até a noite passada, portanto antes da demissão de Valeixo ser oficializada, que estava disposto a aceitar um acordo desde que tivesse a palavra final na sucessão na Polícia Federal. A dúvida agora é se, com a saída de Valeixo durante as negociações, o ministro topará continuar no governo.

Um nome que conta com a simpatia do ex-juiz da Lava Jato para dirigir a PF, segundo aliados do ministro, é o do diretor do Departamento penitenciário nacional (Depen), Fabiano Bordignon.

Já Bolsonaro defende a nomeação para o posto do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, ou do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.

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