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Investigados da 2ª fase da Lama Asfáltica utilizavam familiares para lavar dinheiro

Fazendas de Lama são propriedades compradas em nome de laranjas

10 maio 2016 - 13h00Rafael Belo
Dr Canela

Durante a coletiva de imprensa desta terça (10), os integrantes da segunda fase da Lama Asfáltica – Operação Fazendas de Lama, explicaram os procedimentos utilizados na aquisição de propriedades rurais com recursos desviados das obras públicas.

Os investigados montavam o esquema da seguinte forma: “Utilizam pessoas de suas famílias, as quais recebiam esse dinheiro a título de empréstimo ou doação e abriam empresas em nome desses familiares. Essas empresas desses familiares, que na verdade eram controladas pelos investigados, compravam em especial fazendas, daí o nome da operação, "Fazendas de lama". Eles compravam fazenda, mas também adquiriam imóveis urbanos, gado e várias outras formas de modalidade delituosa para lavagem de dinheiro. Parte da lavagem também vai ser mais aprofundada pelo pessoal da Receita Federal. Os investigados utilizavam a família e empresas em nome dos familiares para adquirir essas fazendas. Posteriormente, esse empréstimo inicial simplesmente seria considerado pago e o bem ficaria lícito em nome dos familiares. Basicamente essa é a história dessa fase da operação da Lama Asfáltica”, explicou o delegado da Regional de Combate ao Crime Organizado, Cléo Mazzotti.

Veja a lista oficial dos presos nesta fase que devem ficar encarcerados por cinco dias, mas podem ter a prisão prorrogada ou transformada em preventiva. Todos foram encaminhados para o sistema penitenciário, pois a superintendência da Polícia Federal afirma não ter capacidade para abrigar os presos.

João Alberto Krampe Amorim dos Santos (dono da Proteco Construções Ltda), Elza Cristina Araújo dos Santos (secretária e sócia de Amorim), as filhas de João Amorim: Renata Amorim Agnoletto,  Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim; Edson Giroto (ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal), e sua esposa Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto; Wilson Roberto Mariano de Oliveira (Beto Mariano) – servidor público, ex-adjunto da Agesul, sua filha Mariane Mariano  de Oliveira; Ana Cristina Pereira da Silva; o ex-secretário adjunto da Sefaz (Secretaria da Fazenda),  André Luiz Cance; o empresário Flávio Henrique Garcia; Evaldo Furrer Matos, Maria Vilma Casanova e  o servidor Hélio Yudi Komiyama.

Detalhes

De acordo com o chefe da Controladoria-Geral da União de Mato Grosso do Sul, José Barbieri, foi detectado um desvio de algo em torno de R$ 11 bilhões.

“Com análise do material apreendido, novas fiscalizações efetuadas pela CGU e perícia da PF, montamos um quantitativo de R$ 44 milhões de recursos desviados de um montante de R$ 195 milhões fiscalizados, algo em torno de 23% a 25% e cada obra ocorre esse prejuízo. Isso é decorrente de direcionamento de licitações, com inclusão de cláusulas restritivas nos editais a fim de direcionar para determinada empresa ou grupo de empresas, na execução da obra, obras de execução precária, com qualidade inferior à qualidade contratada; obras com superfaturamento; execução com quantidade inferior à medida e paga; manipulação de medição de obras públicas; pagamento por itens não executados. Tudo isso monta esse quantitativo de prejuízo identificado. Esse montante tende a crescer. Novos contratos serão analisados, novas empresas serão investigadas. Para se ter uma ideia do tamanho da operação, na primeira fase tivemos a participação de 13 servidores da CGU e 100 policiais. Nessa fase agora estamos com 28 servidores da CGU , 44 da Receita e 201 policiais cumprindo os mandatos de busca e apreensão”, analisou.

O Chefe de fiscalização da Receita Federal, Marcos André Mas, ressaltou que nessa segunda etapa já foi possível identificar o patrimônio de várias pessoas envolvidas. “Conseguimos identificar algo em torno de 67 mil hectares de área rural, principalmente no Estado de MS. Temos imóvel rural em Rio Negro, Rio Verde, Corumbá, Campo Grande, Porto Murtinho, Aquidauana, Anastácio, Jaraguari, Miranda, Figueirão e também no interior de SP. Essa é uma etapa importante porque foi identificado patrimônio em nome das pessoas investigadas e também em nome de familiares e de pessoas próximas ou até mesmo em nome de pessoas interpostas. Os valores de bens bloqueados chegaram a 43 milhões de reais. Foram identificados alguns módulos dessa lavagem de dinheiro, como a criação de empresas de pequeno porte com movimentação financeira muito inferior ao valor declarado na Receita 

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