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Longen diz que aumento da carga tributária coloca competitividade "em jogo"

O presidente da Fiems orientou os empresários a se adaptarem à nova realidade, pois as perdas da indústria brasileira estão estimadas em R$ 29,2 bilhões ainda neste ano

11 junho 2024 - 10h51Sarah Chaves

Em entrevista ao programa Tribuna Livre, da rádio Capital FM 95, na segunda-feira (10), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, falou sobre a Medida Provisória 1227, que trata da restrição à compensação de créditos tributários.  

Na visão do presidente da Fiems, é preocupante o fato de o governo federal elevar a carga de impostos sobre o setor produtivo como forma de gerar receita.

“Estamos nos ajustando com a reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional. Temos feito reuniões técnicas com a equipe da secretaria de Fazenda para discutir a competitividade dos setores industrial e comercial em nível estadual. De repente, o governo federal começa a cobrar mais impostos da sociedade. O imposto acaba indo para o produto, mas o governo não está preocupado com isso. Estamos reclamando porque não é simplesmente repassar o imposto. É a competitividade dos nossos produtos que está em jogo”, afirmou.

Ao citar ações recentes adotadas pelo governo federal, como a tentativa de reonerar a folha de pagamento e a edição de medida provisória que mexe na compensação do PIS/Cofins, Longen questionou o controle dos gastos públicos.

“O gasto público vem tomando proporções inaceitáveis no Brasil. O caso da desoneração da folha de pagamento foi um absurdo. O governo não tinha essa receita no planejamento econômico, e de repente vai lá e aprova. Aí a classe política analisou e votou. O governo foi derrotado na sua proposta e recorreu ao judiciário. Agora ele manda outro imposto, por meio da MP 1227. O ministro Fernando Haddad está fazendo a parte dele, que é buscar recursos para o equilíbrio fiscal, mas o governo federal não tem feito a sua parte, que é a redução das despesas públicas, e isso é muito preocupante”, declarou.

Longen orientou os empresários a se adaptarem à nova realidade e pediu o apoio dos parlamentares sul-mato-grossenses no Congresso Nacional.

“A reforma tributária foi aprovada, falta ser regulamentada. Precisamos fazer ajustes de operação e nos adaptar a ela. Não adianta ficar revoltado, não vai resolver. O Congresso Nacional já aprovou e o presidente sancionou. Estamos contando os prazos para o início da mudança. Temos que nos adaptar, chega de choro. O que não podemos aceitar calados é ver o governo federal, no meio do jogo, avançar de forma desonesta, jogando impostos dessa natureza para a produção, matando setores. Dependemos dos nossos parlamentares para assumir o compromisso com o nosso Estado”, disse.

Conforme um texto publicado pela Fiems, as medidas que vêm sendo tomadas, "além de não trazerem o equilíbrio fiscal, fazem a indústria brasileira perder ainda mais competitividade"

"Apenas nessa última ação, a MP 1227, as perdas da indústria brasileira estão estimadas em R$ 29,2 bilhões ainda neste ano. Quando falamos de Mato Grosso do Sul, com essas medidas, a previsão é de que a indústria perca 25% de sua competitividade, comprometendo seriamente os investimentos previstos para o Estado. O que isso significa na prática? Um efeito direto no consumo das famílias, com preços mais caros dos produtos e o fantasma da inflação rondando a vida de toda sociedade novamente. Quem sente diretamente esses aumentos de impostos absurdos, é, sem dúvida alguma, a população.  O que mais preocupa é que hoje Mato Grosso do Sul está nos seus melhores momentos de desenvolvimento e atração de investimentos. Com as medidas do governo federal, agora tudo vira risco. Investimentos bilionários ficam comprometidos e o que poderia ser um sonho está virando pesadelo. Diante disso, a Fiems apela ao Congresso Nacional, em especial aos parlamentares de Mato Grosso do Sul, os senadores Nelsinho Trad, Soraya Thronicke e Tereza Cristina, além dos nossos deputados federais Beto Pereira, Camila Jara, Dagoberto Nogueira, Luiz Ovando, Geraldo Resende, Marcos Pollon, Rodolfo Nogueira e Vander Loubet, para que não sejam coniventes com essa política suicida que está sendo montada pelo governo federal tendo como alvo as empresas brasileiras".

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