A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul conseguiu na Justiça a interdição cautelar da clínica Hazelden BR, em Fátima do Sul, após identificar graves irregularidades na internação de mulheres e adolescentes com transtornos mentais e dependência química.
A ação, movida pelo Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), coordenado pela defensora pública Eni Maria Sezerino Diniz, foi motivada pela morte de uma adolescente de 16 anos, internada compulsoriamente na unidade, que funcionava como comunidade terapêutica sem estrutura médica adequada.
Segundo a defensora, a clínica já havia sido alvo de advertências e denúncias anteriores pela Defensoria, mas não respondeu aos pedidos de correção. A Polícia Civil local também investiga possíveis ilegalidades no atendimento.
A clínica, pertencente ao grupo Day Top, recebe pacientes de diversos municípios do interior do Estado, muitos dos quais desconhecem as condições precárias a que são submetidas.
Entre as irregularidades apontadas estão a internação conjunta de adolescentes e mulheres adultas sem separação adequada, ausência de equipe médica especializada, superdosagem de medicamentos, falta de prontuário clínico, uso de contenções físicas e químicas indevidas, e profissionais sem qualificação adequada.
As inspeções foram realizadas em parceria com órgãos como Vigilância Sanitária, Delegacia do Consumidor, Conselho Regional de Farmácia e Ministério Público Federal.
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