“Enorme constrangimento”, esse é um dos argumentos apresentados pela defesa do vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), em habeas corpus protocolado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
A defesa se refere ao uso da tornozeleira eletrônica, imposta ao político após ele ser alvo da Operação Tromper, que investiga corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, onde Serra ocupou o cargo de secretário de Finanças.
Segundo as investigações, Claudinho Serra é apontado como mentor de um esquema que desviava verbas públicas por meio de contratos fraudulentos. Em abril deste ano, a operação resultou na prisão do vereador, que foi posteriormente solto sob a condição de usar o equipamento de monitoramento.
No documento enviado ao TJMS, o advogado Tiago Bunning argumenta que o vereador não cometeu novos crimes, não violou medidas impostas pela Justiça e não representa risco à aplicação da lei, à ordem pública ou à instrução do processo.
Além disso, a defesa enfatiza que o equipamento está em uso há 208 dias, causando constrangimento a Serra, especialmente por ele ser uma figura pública que nunca havia sido acusado de práticas criminosas antes.
A solicitação pede a suspensão da medida cautelar de monitoramento eletrônico até o julgamento final do habeas corpus. O caso está sob análise do desembargador relator José Ale Ahmad Netto, que decidirá se concede ou não a liminar solicitada pela defesa.
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