A Justiça francesa decidiu, nesta segunda-feira (17), absolver a fabricante Airbus e a companha aérea Air France pelo acidente do voo AF447 entre o Rio de Janeiro e Paris, em 2009, que matou todos a bordo da aeronave.
Na decisão, a justiça argumenta que, apesar de cometerem “falhas”, nem a fabricante e nem a companhia aérea pode ser condenada, já que não "pôde demostrar (...) nenhuma relação de causalidade segura" com o acidente que matou as 228 pessoas a bordo da aeronave.
“Esperávamos um julgamento imparcial, não foi o caso. Estamos enojados”, comentou Danièle Lamy, presidente da associação Entraide et Solidarité AF447, que representa os familiares das vítimas do acidente.
Ao Estadão, Nelson Faria Marinho, diretor da Associação das Vítimas do Voo 447, comentou que o fato de tanto a Airbus quanto a Air France serem francesas, deu parcialidade para o julgamento.
“Não esperava essa decisão. A gente sempre tem aquela esperança de que a coisa vai caminhar diferente. Eu devolvo à França a frase Charles de Gaulle, ex-presidente da França, de que o Brasil não era um país sério. A França não é séria. Esperava que eles fossem condenados. A Air France por não ter a decência de manter regularmente a manutenção no avião, e a Airbus por ter fabricado um avião assassino e continuar voando”, comentou.
O acidente
Em 1 de junho de 2009, um Airbus A330-200 estava o voo AF447 da Air France, realizando a trajetória entre o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (GIG) e o Aeroporto de Charles de Gaulle (CDG0, em Paris.
Às 19h29, no horário do Rio, a aeronave levantou voo pela última vez, mas perdeu contato 3 horas depois, quando se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros. O voo foi dado como desaparecido no mesmo dia.
Em 2 de junho, o então ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda da aeronave no Oceano Atlântico.
Todas as 228 pessoas a bordo, incluindo tripulação e passageiros, morreram.
Após investigações, foi revelado que o congelamento das sondas de velocidade no momento em que o avião estava em voo de cruzeiro foi o responsável pela queda.
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