O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) fizeram uma nova denúncia no último dia 21 de janeiro contra a Tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps, que esta sendo acusada de torturar o aluno Maurício Júnior dos Santos e matar Rodrigo Claro em 2016. As informações são do G1.
Esta é a segunda vez que a tenente é denunciada pelo crime. Em setembro de 2021, ela foi condenada pelo crime de maus-tratos contra o soldado Rodrigo, de 21 anos, que morreu depois de ficar internado ao passar mal em uma aula de instrução de salvamento.
A defesa da tenente disse que não vai se manifestar sobre a nova acusação.
De acordo com o documento assinado pelo promotor Paulo Henrique Amaral Motta, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2016, durante o treinamento de salvamento aquático em ambiente natural do 15º Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiros realizado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, Ledur submeteu o aluno Maurício a intenso sofrimento físico e mental, como forma de lhe aplicar castigo pessoal.
Durante o treinamento, Maurício precisou percorrer 40 metros na lagoa e em certo momento, ele começou a sentir câimbras. O rapaz chegou a receber uma boia ecológica de um tenente. Porém, o promotor ressaltou que Ledur determinou que os demais alunos seguissem com a travessia da lagoa e abandonassem o aluno.
As sequências de tortura, segundo o MP, só foram interrompidas após o aluno perder a consciência.
À época, o aluno foi encaminhado a uma unidade de saúde após acordar às margens da lagoa e sentir fortes dores de cabeça. Conforme o prontuário de atendimento médico, Maurício “foi submetido a esforço físico desgastante, sofreu desmaio, vômitos, 3 episódios, tremor e dor torácica”.
No documento, o promotor cita, além da vítima, cinco testemunhas do caso que podem ser ouvidas durante o processo na Justiça. Em setembro de 2021, Ledur foi condenada a cumprir um ano de prisão, em regime aberto, pelo crime de maus-tratos contra o aluno Rodrigo Claro.
Ledur também não perdeu o cargo ou a farda. A Justiça ainda pode avaliar se ela deverá seguir medidas cautelares.
Desde a morte de Rodrigo, a Justiça investiga se houve abusos por parte dos instrutores do curso de formação.
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