Um grupo de criminosos encapuzados atacaram Batalhões da Polícia Militar, na madrugada desta quarta-feira (19), no Ceará. Eles levaram viaturas policiais e furaram, rasgaram e esvaziaram pneus de veículos oficiais e particulares.
As ações na madrugada ocorreram no 17º Batalhão, no Bairro Conjunto Ceará, e no 22º Batalhão, no Bairro Papicu, ambos em Fortaleza.
Parte dos policiais e bombeiros militares organizam atos reivindicando melhoria salarial. A organização dessas manifestações foi proibida pela Justiça no início da semana. Também ficou decidido que, em caso de manifestação por aumento salarial, os policiais podem ser presos.
Em entrevista coletiva, o secretário da Segurança, André Costa, afirmou que os batalhões foram atacados por "pessoas que se autointitulam como policiais militares".
Na tarde de terça-feira (18), três policiais foram presos em Fortaleza, contrariando a decisão da Justiça que determina a proibição de movimentos e protestos por reivindicação salarial de militares no Ceará. Armados e usando balaclava, os agentes esvaziavam pneus de um carro da polícia no Bairro Antônio Bezerra quando foram presos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.
Os soldados, que atuam no 14º Batalhão da PM, em Maracanaú, na Grande Fortaleza, foram presos em flagrante por equipes do Comando de Polícia de Choque (CPChoque).
Representantes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SPPDS) se reuniram hoje com o governador do Estado, Camilo Santana, para definir ações relacionadas aos atos. O órgão ainda não divulgou um posicionamento oficial sobre o que ocorreu nos Batalhões.
As ações foram realizadas após o início da tramitação, na Assembleia Legislativa do Ceará, da proposta de reajuste salarial de policiais e bombeiros militares do estado, na terça-feira (18). O texto estabelece o salário-base de um soldado de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022. O salário atual da categoria é de R$ 3,2 mil. A proposta inicial, rejeitada pelos policiais, era de aumento para R$ 4,2 mil até 2022. O projeto tem gerado crise entre parte da categoria e o governo estadual.
De acordo com decisão da Justiça do Estado do Ceará (TJCE), agentes de segurança que promoverem manifestações e paralisações poderão ser presos. Ao todo, 150 policiais já tiveram inquéritos instaurados e três foram presos por furar pneus de carros da PM.
Inquéritos contra policiais envolvidos em crimes
O Governo do Ceará informou, na noite desta terça-feira (18), que irá instaurar inquérito policial militar, bem como processos administrativos disciplinares, contra todos os agentes de segurança que se envolverem em atos que configurem crime militar
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