Alegando o descumprimento de um acordo assinado pelo Secretário de Finanças Pedro Pedrossian, que assegurava aos enfermeiros de Campo Grande o pagamento da bonificação por insalubridade até janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores públicos em Enfermagem de Campo Grande (Sinte/PMCG), disse que a categoria irá entrar em greve a partir das 11h da manhã de quinta-feira (31). Até o momento, 100% das unidades teriam aderido a paralisação.
O presidente do Sinte, Angelo Macedo, informou ao JD1 Notícias que há um certo tempo vem acontecendo negociações com a prefeitura da Capital, mas que até agora nada de concreto foi definido. “A negociação esta aberta a propostas para que a paralisação não aconteça. Estamos lutando por isso tem um tempo. O acordo foi assinado ano passado e deveria ter sido pago em janeiro, como isso não aconteceu, notificamos a prefeitura na segunda-feira (28) e agora eles tem um prazo de 72h para apresentar uma proposta”.
Atividades eletivas como coleta de exames, vacinação, preventivos e outros serviços serão suspensos, porém, os setores de urgência e emergência continuarão funcionando com apenas 30% do efetivo.
Angelo disse que na tarde desta terça-feira (29), 100% das unidades de atendimento a saúde da Capital já tinham aderido à greve. Incluindo todos os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros Regionais de Saúde (CRS), as Unidades básicas de saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Outro pedido feito pelo sindicato é de que a prefeitura mude a nomenclatura da ‘bolsa alimentação’ para ‘auxilio alimentação’, fazendo ainda um reajuste linear como feito para a Guarda Civil Metropolitana no inicio de 2022. O valor do auxilio subiria então para R$ 494,00, no entanto, a proposta não foi aceita.
Procurado pela nossa reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), informou por meio de nota que junto da prefeitura tem feito negociações com a categoria. Confira:
“A questão está sendo tratada pela secretaria de finanças e gestão, por conta da análise de impacto financeiro. No entanto, a Prefeitura e a Sesau, por sua vez, mantém o diálogo com a categoria. Inclusive, a atual gestão concedeu diversos benefícios para os enfermeiros nos últimos cinco anos, como 30h para aqueles que atuam nas unidades 24h, incorporação de salário, entre outros. Há ainda benefício de 200 reais para técnicos de enfermagem e 400 reais para enfermeiros que atuam 40h. Houve também convocação de concurso e processo seletivo, reforçando a assistência e, consequentemente, reduzindo a sobrecarga de trabalho.”
Quando questionada sobre a realização da greve e seu impacto no setor de saúde, a secretaria informou que não tem como mensurar o impacto, já que ainda não se sabe como será a adesão da categoria, mas garantiu que os serviços de urgência não serão impactados.
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