No quarto dia de votação, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu por 4 a 3, não cassar a chapa Dilma-Temer. Até os últimos minutos do julgamento, da ação proposta pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), o placar da sessão estava empatado em 3 a 3 até que Gilmar Mendes decidiu por manter a legalidade da chapa Dilma - Temer. Com essa decisão a favor, Michel Temer segue presidente da Republica.
Votaram a favor da cassação os ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber
"Não vou carregar o caixão", disse Benjamin
“Finalizo dizendo que tentei ser e me comportar como os ministros desta casa, os de hoje e os de ontem, e quero dizer que, tal qual cada um dos outros seis ministros que estão nessa bancada comigo, eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão”, declarou Herman.
Na votação, Fux diferencia delação de depoimento
"Uma coisa é a delação, outra coisa é o depoimento testemunhal", lembra Fux ao explicar o Código de Processo Civil”, diz o Ministro Luiz Fux. Para ele, o princípio do contraditório foi respeitado no processo.
Ministra questiona doação
"Toda campanha que recebeu doação de partido e propina poderia ser impugnada? Este argumento a mim não impressiona", afirma Rosa, a sustentar que está votando este caso específico, sem importar se essa prática ilícita irá se repetir.
Votaram contra a cassação os ministros Admar Gonzaga, Napoleão Maia e Tarcísio Vieira
Ministro alega que não houve testemunha
Tarcísio Vieira disse que não houve testemunhas sobre a utilização de propina. “Não houve qualquer confirmação categórica [de testemunhas] acerca da utilização de propina de contratos de empreiteiras vinculadas com a Petrobras na campanha de 2014", disse o ministro.
Para Napoleão, provas não são suficientes
"Não há provas suficientes para comprovar que a campanha eleitoral usou recursos ilegais de propina para financiar a disputa", afirmou o ministro Napoleão Maia. De acordo com Maia, as provas são somente ilações.
Gonzaga desconsiderou delatores da Odebrecht
O ministro, Admar Gonzaga, alegou falta de provas ao votar contra a cassação da chapa Dilma-Temer. O ministro ainda descartou o conteúdo das delações dos executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Sônia Moura.
Ao fim do voto dos seis Ministros, a decisão ficou empatada, coube então a Gilmar Mendes, o voto de Minerva. Ele desempatou o processo, decidindo não cassar a chapa Dilma-Temer.
"Não se substitui um presidente da República a toda hora, ainda que se queira", diz Gilmar Mendes, lembrando que a Constituição respeita a soberania popular, "a despeito de nossas decisões", argumentou Mendes.
Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Mega-Sena acumula e próximo prêmio pode pagar R$ 20 milhões

Mobilização nacional leva mulheres as ruas para protestar contra feminicídio

Pix supera 300 milhões de transações em um único dia

Com IA, golpistas criam vaquinha fraudulenta em nome de mulher arrastada

Justiça barra serviços de apostas autorizados por leis municipais em todo o país

CPMI aprova quebra de sigilos de dono do Banco Master

Governo institui programa para reestruturar dívidas dos Estados com vetos

Sistema prisional brasileiro registra superlotação de 150%, aponta CNJ

Senado discute Auxílio Gás do Povo em audiência pública; proposta é do governo federal







