O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pousou há pouco no Aeroporto Internacional de Brasília. Cunha ficará na capital federal pelos próximos dias para depor no processo em que é acusado de cometer desvios no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Sem algemas, de terno, gravata e carregando as próprias malas, o ex-deputado chegou a Brasília após deixar o Complexo Médico Penal em Pinhais, no Paraná, no final da manhã.
Por motivos de logística, Cunha utilizou o mesmo avião da Polícia Federal que hoje levou o executivo da holding J&F, Joesley Batista, de Brasília a São Paulo. Após solicitação de sua defesa, o ex-parlamentar conseguiu autorização da Justiça Federal para se deslocar com antecedência para ser ouvido no interrogatório marcado para a próxima sexta-feira (22). De acordo com os advogados de Cunha, o objetivo da transferência é possibilitar "maior contato com a defesa técnica" para que ele exerça sua "autodefesa diretamente ao juiz".
De acordo com decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, a permanência temporária em Brasília vai até o dia 26 de setembro. Escoltado pelos policiais federais, Cunha seguirá ainda hoje para o Instituto Médico Legal, onde fará exame de corpo de delito, e ficará encarcerado no Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil.
Embora esteja preso em Curitiba devido a outra ação envolvendo a Operação Lava Jato, o processo da próxima semana se refere à denúncia pelos crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional em um inquérito que não envolve a Petrobras. Além de Cunha, serão ouvidos o doleiro Lúcio Funaro, seu ex-sócio Alexandre Margotto, o ex-executivo da Caixa, Fábio Cleto, além do também ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
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