Após Lula emitir uma nota oficial por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na segunda-feira (27), a postura foi elogiada pelo embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, elogiou nessa terça-feira (28), e fez suscitar a possibilidade do Brasil voltar a ter embaixador em Tel Aviv.
Neste ano, a libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia completa 80 anos. E, em mensagem nas redes sociais, Lula disse que tem um compromisso com a luta contra o antissemitismo.
O embaixador israelense classificou como importante e positiva a mensagem do brasileiro, durante evento promovido pelas representações diplomáticas da Alemanha e de Israel. “O Holocausto continua presente também em nossas relações diplomáticas, como vimos há cerca de um ano. E na mensagem publicada ontem pelo presidente do Brasil, em referência a essa data, uma declaração importante, que vemos de uma forma muito positiva”, avaliou.O elogio do embaixador israelense ocorre em meio a uma relação diplomática turbulenta entre Brasil e Israel.
Leia a carta publicada por Lula:
Em 27 de janeiro, é celebrado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Há exatos 80 anos, o campo de concentração de Auschwitz foi libertado. Auschwitz foi o palco de uma brutalidade indescritível, onde pereceram um milhão dos 6 milhões de judeus que perderam suas vidas sob a barbárie do regime nazista de Hitler.
Recordar seus horrores não é apenas um ato de memória, mas também um gesto de compromisso com a Humanidade diante dos perigos do extremismo que ressurge nos dias de hoje. Como presidente do Brasil, renovo meu compromisso com a luta contra o antissemitismo e contra todas as formas de discriminação.
Crise
A relação conflituosa iniciou-se quando Lula criticou Israel pela violência na faixa de Gaza, comparando o conflito ao Holocausto. Na ocasião, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, considerou o brasileiro persona non grata.
A crise escalou ao ponto de o Brasil ter retirado o embaixador brasileiro de Tel Aviv. E ainda não há prazo para o seu retorno a Israel.
O governo brasileiro avalia que o representante brasileiro só retornará ao país do Oriente Médio quando não houver risco de constrangimento.
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