Dilma discursará em um seminário sobre oportunidades de investimentos no Brasil, promovido pelo banco norte-americano Goldman Sachs, e falará sobre oportunidades de negócios na área de infraestrutura. Nessa terça-feira, a presidente usou a maior parte dos 23 minutos de discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU para criticar o acesso ilegal da NSA, agência de segurança dos EUA, a comunicações da própria Presidência da República, de ministros e da Petrobras.
Diante das delegações de mais de 190 países, Dilma afirmou que as ações de inteligência dos Estados Unidos “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países.
Na última terça-feira (17), ela anunciou o adiamento da visita de Estado que faria em outubro a Washington, nos Estados Unidos, em razão das denúncias de espionagem.
No entanto, ao mesmo tempo em que profere um discurso duro contra o governo norte-americano na ONU, a presidente quer deixar claro que a relação bilateral na área econômica não deve ser afetada.
De acordo com o site G1, o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o embaixador do Brasil em Washington, Mauro Vieira, afirmaram que o governo quer preservar os “interesses comuns” entre Brasil e EUA.
“A situação comercial não muda. São questões paralelas [as desavenças políticas e a relação econômica]”, disse Marco Aurélio Garcia.
“Temos muitos interesses em comum e isso permanence. Não será afetado”, enfatizou o embaixador do Brasil em Washington.
Além de Dilma, a equipe econômica do governo e presidentes de bancos públicos brasileiros estarão no evento desta quarta com investidores estrangeiros, inclusive o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentará dados sobre a expectativa econômica do Brasil e as oportunidades de investimentos em obras de rodovias, aeroportos e ferrovias.
O ministro almoçou nessa terça-feira (24) com presidentes de grandes fundos de investimentos para apresentar as perspectivas de aplicação de recursos no país. “Estamos convidando investidores a participar de investimentos em infraestrutura. A infraestrutura vai puxar a economia brasileira”, disse Mantega após a reunião.
Entre quinta (26) e sexta (27), o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, irá se reunir com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para tratar das ações de espionagem dos EUA.
Segundo assessores do ministro, ele vai cobrar explicações sobre as denúncias de acesso a correspondências privadas, mas também irá frisar que o impasse político não pode afetar a relação comercial entre os dois países.Reportar Erro
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