O prejuízo soma as 700 mil toneladas que deixaram de ser colhidas, de acordo com registros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), à quebra em qualidade registrada na entrega da oleaginosa à indústria.
As previsões iniciais de safra da Conab para a soja no Estado apontavam uma perspectiva de colheita recorde de 5,68 milhões de toneladas, sendo que o registrado efetivamente ficou em 4,92 milhões de toneladas. Em percentuais, as perdas chegaram a 13%. Se comparada à safra 2009/10, quando foram colhidas 5,30 milhões de toneladas, a colheita teve redução de 7,1%.
Além da perda mensurada pela companhia, uma previsão bem conservadora da quebra registrada pelo excesso de umidade, que deixa o grão ardido, traz perdas médias de 10% sobre o que foi colhido, ou seja, mais de 400 mil toneladas do grão pelas quais o produtor não recebe. A soma ultrapassa a casa de um milhão de toneladas de quebra. “Os números da Conab não retratam o fechamento líquido do prejuízo por não levar em consideração as perdas em qualidade”, esclareceu o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel. As chuvas trouxeram perdas mais acentuadas nos municípios das regiões ao Norte do Estado. Levantamento feito por empresas de consultoria agrícola a pedido do Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste mostra que houve uma quebra de 150 mil toneladas de soja somente no município, um dos maiores produtores em área plantada de Mato Grosso do Sul. O que significa quebra média de 40% em relação à previsão inicial de 378 mil toneladas. “Em valores, os prejuízos chegam aos R$ 100 milhões”, contabiliza o presidente do sindicato, Julio Cesar Bortolini.
Mas segundo o dirigente, nem mesmo no município as perdas são lineares, pois são decorrentes ao período da colheita em relação às chuvas. O levantamento apresentado pelo sindicato mostra que em 55% da área plantada a perda foi de 50%, sendo que em 5% a perda foi total. “Tem produtor que não vai conseguir mais plantar, enquanto outros tiveram danos menores”, afirma Bonini.
Conforme o dirigente, o município, com economia alicerçada na agricultura, já começa a sentir os reflexos dos danos na lavoura. “Os vencimentos das contas começaram em 31 de março. As empresas estão negociando caso a caso com os clientes”, conta.
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