As indústrias de metalmecânica e metalurgia de Mato Grosso do Sul projetam para o próximo ano um crescimento de até 20% sobre o faturamento líquido de R$ 949,9 milhões obtidos neste ano de 2011 graças aos bons índices registrados ao longo dos últimos quatro anos no Estado. Na avaliação do presidente do Simemae/MS (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado), Irineu Milanesi, a expansão é em função da qualificação da mão de obra. "Quanto mais pessoas especializadas tivermos, mais vagas serão preenchidas nas nossas indústrias, que são grandes geradoras de postos de trabalho", informou.
Ele informa ainda que hoje as 516 indústrias metalmecânicas e metalúrgicas instalas em Mato Grosso do Sul já empregam 7.970 trabalhadores. "O número de contratações também deve crescer em torno de 15 a 20% em relação a este ano que se encerra. Os números poderiam ser ainda maiores se o setor não tivesse que enfrentar gargalos, como a alta carga tributária, que fica ainda mais elevada com a bitributação da matéria-prima", analisou.
O presidente do Simemae/MS explica que, quando se compra matéria-prima fora do Estado, já são pagos os tributos previstos, mas, quando ela entra em Mato Grosso do Sul, a mesma mercadoria é novamente tributada. "Na nossa avaliação, esse gargalo impacta diretamente na competitividade das empresas, que poderiam ter apresentado um desempenho ainda melhor neste ano", pontuou.
Ele acrescenta também que o segmento precisa sempre de atenção do poder público para manter, permanentemente, o seu crescimento. "Nosso anseio é fazer com que nossa fabricação seja mais diversificada, melhorando o mix de produtos e buscando inovação tecnológica", disse. Apesar disso, o empresário garante que as indústrias metalmecânica e metalúrgicas do Estado estão muito otimistas, o que ajuda a manter a competitividade, mas ainda é preciso muitas discussões com lideranças políticas para manter a hegemonia do setor.
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