Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que Mato Grosso do Sul mais que dobrou o Produto Interno Bruto em um período de sete anos. Em 2002, o estado gerou R$ 15 bilhões em riquezas, e em 2009, esse montante subiu para R$ 36 bilhões.
O governador André Puccinelli disse que a ampliação da matriz produtiva do estado permitiu que a economia tivesse crescimento acelerado, acima da média nacional. O reflexo desse quadro pode ser verificado no índice de empregos, segundo Puccinelli. "Nos últimos meses deste ano, Mato Grosso do Sul está entre os três estados do Brasil que mais empregos oferece", afirmou.
Campo Grande responde por quase um terço das riquezas do estado, com R$ 11,6 bilhões em 2009, segundo o IBGE. Em seguida aparecem as cidades de Dourados (R$ 3 bilhões), Corumbá (R$ 2,7 bilhões) e Três Lagoas (R$ 2 bilhões).
O PIB (Produto Interno Bruto) Industrial de Mato Grosso do Sul aumentou em 158% no período de 2002 a 2009, saltando de R$ 2,2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, o que representa uma taxa média de crescimento anual de 12,57%, ficando à frente de outros setores produtivos do Estado e até mesmo do índice de expansão da economia chinesa - de 9,5% ao ano. Isto é o que demonstra o levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do IBGE. Estatística).
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a evolução do PIB Industrial atesta o vigor de uma nova economia para o Estado. "A indústria vem se consolidando, atraindo ainda mais investimento, fortalecendo os negócios para as empresas já instaladas, gerando mais emprego, renda e divisas", disse. Para o líder empresarial, o cenário atual é um indicativo que aponta para a efetiva e irreversível consolidação da diversificação da economia de Mato Grosso do Sul. "Ainda somos um Estado jovem. Vamos crescer muito mais", garantiu.
A projeção do radar da Fiems, que indica um crescimento do PIB industrial também para os próximos anos, é mais um estímulo para que empresários prossigam na modernização dos meios de produção em busca de competitividade e sustentabilidade. "Temos variedades na produção, boa logística, energia suficiente. Reunimos condições favoráveis para ampliar nosso parque industrial", garantiu.
As indústrias de laticínios de Mato Grosso do Sul prevêem, para o próximo ano, um crescimento de até 10% sobre o faturamento líquido de R$ 68,2 milhões obtidos neste ano de 2011, o que significará uma movimentação de R$ 75 milhões em 2012.
A presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado), Milene Nantes, credita esse cenário positivo do segmento no próximo ano ao interesse das indústrias de investir em uma maior qualidade do produto comercializado no Estado.
"Nossa intenção é qualificar o produtor de leite para garantir um volume suficiente para atender a demanda", avaliou Milene Nantes.
Segundo dados da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, no período de 2001 a 2009, a participação de Mato Grosso do Sul na produção nacional de leite apresentou queda de 0,5 ponto percentual, passando de 2,2% em 2001 para 1,7% da produção nacional em 2009.
Milene Nantes informa que o Estado ocupa o 12º lugar no ranking de maiores produtores de leite, produzindo este ano 502.485 mil litros de leite. Além disso, o segmento emprega, atualmente, 973 pessoas em 74 estabelecimentos espalhados por todo o Estado.
"A maior bacia leiteira do Estado localiza-se na microrregião de Iguatemi, que foi responsável por 18% do volume produzido no estado. Na sequência aparecem as microrregiões de Campo Grande, Dourados e Paranaíba, com participações de 17%, 14%, e 13%, respectivamente. As quatro principais microrregiões, somadas, foram responsáveis por uma produção total de 309,9 milhões de litros, que corresponde a 62% da oferta estadual do produto", informou.
Com um polo calçadista já constituído na região do Bolsão de Mato Grosso do Sul, as indústrias do segmento estimam para 2012 um crescimento de até 7% sobre o faturamento de R$ 95 milhões obtidos neste ano, o que alcançaria algo em torno de R$ 101,65 milhões no próximo, segundo projeções do Radar Industrial da Fiems. Conforme o presidente do Sindical/MS (Sindicato das Indústrias de Calçados do Estado), João Batista de Camargo Filho, mais empresas do ramo devem se instalar em municípios sul-mato-grossenses, contribuindo ainda mais para uma alavancada da atividade.
Atualmente, o Estado conta com 24 indústrias do segmento, que empregam cerca de 2.235 trabalhadores. "No Bolsão temos um polo calçadista voltado para a produção de calçados infantis, já a produção de calçados para adultos, casuais, bolsas e cintos estão espalhados pelo Estado", detalhou João de Camargo. Ele acrescenta que o segmento tem tradição na produção de calçados, mas, aos poucos, está qualificando mão de obra e criando ambiente para que as indústrias venham para Mato Grosso do Sul.
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