Segundo informe da bolsa divulgado nessa quinta (11), as principais variáveis que afetam a área a ser plantada com este cereal importante de verão são puramente econômicas. O preço futuro do milho, a cotação internacional, a carga tributária local, o custo dos insumos e de arrendamento e a fluidez comercial da futura campanha são, entre outros, os fatores que impactam sobre a rentabilidade do cultivo e exercem pressão em detrimento da intenção do plantio de milho.
As condições meteorológicas não são limitantes até o momento, e em vez disso, impulsionaram o produtor a escolher o milho precoce como uma grande alternativa no início do ciclo. O reservatório de umidade na maioria das áreas é muito bom. A isso se somam as perspectivas agroclimáticas favoráveis esperadas para os próximos meses.
Mesmo com pontos agronômicos positivos para o cultivo do milho, o desânimo por parte dos produtores para a produção do cereal é notório. Os analistas da Bolsa de Cereais, após realizarem neste último mês vários passeios a campo, puderam confirmar que as regiões onde houve a maior queda da área central são as áreas do Núcleo Norte (-25%), Núcleo Sul (-22%), Córdoba (-20%), assim como no Norte de La Pampa-Oeste de Buenos Aires. “Todas essas são áreas onde a percentagem de campos arrendados é alta, e hoje se observa um comportamento diferencial entre produzir milho em campo próprio ou em campo arrendado”, afirmam.
Por sua vez, as quedas mais baixas ocorrem nas áreas do norte do país, onde, embora os agricultores tenham hoje grande incerteza, os excelentes resultados na temporada passada atenuam a queda de área, concentrando a maior parte do plantio nos meses de dezembro e janeiro.
No caso do Centro-norte de Santa Fé e do Centro-leste de Entre Rios, a redução de área, se comparada ao ano passado, é de -12% e -10%, respectivamente. “Isso ocorre porque os consumos domésticos (confinamentos e produção de frango) demandam o cereal, o que também atenua a queda”, diz o informe da bolsa argentina.
Buenos Aires Centro e Sul hoje apresenta grandes complicações frente à nova temporada. Nestas regiões, a redução da área não vai ser apenas por questões econômicas, mas também por causa dos excessos de água na região.
Este cenário está sujeito a alterações que podem acontecer nos próximos meses, à medida que evolui a janela de plantio, ressaltam os analistas.
Por outro lado, continua a incorporação de imagens de semeadura precoce, espalhando-se para áreas do Sul e do Norte Núcleo Córdoba, somado ao que já foram citados em relatórios anteriores (Norte Central Santa Fé, Centro-leste de Entre Rios e Corrientes). Tabelas implantados no final de agosto já estão expandindo a primeira folha. As chuvas na semana passada em grande parte da área agrícola nacional remontado umidade da superfície, ajudando a melhorar a condição dos perfis e gestão para obter um bom estabelecimento da cultura.
Safra 13/14
O informe da Bolsa de Cereais dá por finalizada a temporada de 2013/14 de milho com destino comercial. “Apesar de que ainda restam lotes a serem colhidos no extremo norte do país (NOA e NEA), bem como na província de Buenos Aires (Central e do Sul), esta superfície não seria significativa.” Assim, a temporada de 2013/14 termina com uma produção nacional de 25,2 milhões de toneladas, tendo sido plantado 3,57 milhões de hectares. Esse volume é -7,4% inferior ao ciclo anterior 2012/13, quando foram produzidas 27 milhões de toneladas de milho, de acordo com dados da bolsa.Reportar Erro
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Mesmo com boas condições climáticas, produtores argentinos estão desanimados com questões econômicas. (Imagem: TV Morena) 




