O duelo acontece em San Jose, Califórnia (EUA), em um card que pode ter a luta do ano. O combate principal da noite vale a chance de disputar o cinturão dos meio-médios, de Johny Hendricks. Robbie Lawler, ex-desafiante ao título, encara Matt Brown, na expectativa de cinco rounds de uma batalha sangrenta na trocação.
Minotouro faz a luta co-principal, quase um presente que ganhou do UFC. Fora de ação há quase um ano e meio, depois de ter vencido Rashad Evans, o baiano foi jogado aos leões. Anthony Johnson é quinto no ranking – o brasileiro sequer aparece na lista dos meio-pesados – e venceu sete combates, sendo quatro por nocaute, nos últimos dois anos. No mesmo prazo, Minotouro só entrou no octógono uma vez.
É claro que a idade chega para todos e os 38 anos dos Nogueira começa a pesar. Minotauro não quer se despedir já e anunciou que faz mais duas lutas, para se despedir antes dos 40 anos. Minotouro é mais ousado, quer mais seis lutas e sabe que uma vitória contra Anthony Johnson, ainda que difícil, o leva a uma boa posição para a disputa de cinturão, algo que ele nunca conseguiu fazer no UFC.
"Mesmo vindo de bastante tempo sem lutar, estou muito confiante em ter uma grande performance. A qualidade do meu camp foi excelente, contei com atletas de alto nível ao meu lado e consegui treinar muito bem", disse o veterano, que contou com a ajuda de Anderson Silva na sua preparação.
"Minha estratégia é ditar o ritmo da luta e impor o meu jogo a todo o momento. Respeito muito o Anthony Johnson, que é um lutador muito perigoso, mas acredito que sou mais completo do que ele e que tenho armas suficientes para vencer essa luta tanto em pé quanto no chão. Tenho certeza que, se preciso, farei os três rounds de alto nível e com muita intensidade", completou.
Johnson adota um discurso modesto. Diz que ainda não é candidato ao cinturão e prega respeito a Minotouro. "Tenho de ser ainda melhor do que fui contra Phil Davis", disse ele, sobre a vitória por pontos, em abril. "Rogerio é um lutador e eu respeito isso. Ele pode acabar minha noite com um soco, uma finalização, assim como eu também posso fazer. Tudo pode acontecer".
O norte-americano tem se mostrado muito forte desde que apostou em lutar como meio-pesado. Potente na trocação, também é bom na luta agarrada, deixando a Minotouro como saída a aposta nas finalizações do baiano, faixa-preta de jiu-jítsu, e principalmente em aproximar a luta e usar seu boxe, um dos mais técnicos do MMA.
Minotouro fará sua sexta luta desde que chegou ao UFC, em 2009, vindo de uma carreira com sucesso principalmente no Pride – onde bateu Dan Henderson e Alistair Overeem. No Ultimate, estreou com duas vitórias, perdeu para Ryan Bader e Phil Davis, e voltou a vencer nos seus mais recentes compromissos, contra Tito Ortiz e Rashad Evans.
Lawler x Brown: luta do ano?
Eles podem não ser os mais conhecidos do público, mas pelos seus estilos, suas mãos pesadas e queixos firmes, Robbie Lawler e Matt Brown prometem com antecedência uma das lutas mais emocionantes do ano.
Dois lutadores que apostam na luta em pé e que vem em boa fase, eles se enfrentam para saber quem será o próximo desafiante do campeão dos meio-médios Johny Hendricks. Lawler quer a revache: foi ele quem encarou Hendricks em março, quando o cinturão estava vago. Depois disso, nocauteou Jake Ellenberger no UFC 173 e agora soma quatro vitórias em cinco lutas.
Já Brown, que teve momentos na carreira em que parecia que chegaria ao fundo do poço, tantas derrotas sofreu, embalou: são sete triunfos consecutivos, sendo o último uma lutaça contra Erick Silva, a quem nocauteou, depois de estar em grande desvantagem.
A torcida quer ver a "luta do ano". Mas Lawler foge disso: "Não quero ir lá para brincar. Ele é um grande oponente, mas não vou para uma luta com idas e vindas. Vou para ditar o ritmo e dominar. É para isso que treinei".
"Eu apenas amo lutar. Não tenho preferência em como acabar a luta, se será longa, ou sangrenta. Se vier nocaute, finalização, tudo bem. Sempre tento acabar logo, mas não importa como venha", analisou o rival, Brown.
Três brasileiros em ação, com dois estreantes
Além de Minotouro, o Brasil está presente neste UFC com três lutadores, sendo dois estreantes. A peso palha Juliana Lima, especialista em muay thai e jiu-jítsu, faz sua primeira luta na organização, contra Joanna Jedrzejczyk.
Entre os homens, dois meio-médios. Hernani Perpétuo começou sua caminhada no Ultimate com derrota e agora encara Tim Means. Já Gilbert Durinho estreia contra Andreas Stahl. Muito forte no jiu-jítsu, o faixa-preta é braço-direito de Vitor Belfort e mora na Flórida, onde treina com o veterano na academia Blackzilians.Reportar Erro
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