A interdição realizada por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que fechou totalmente um trecho da BR-262 em Anastácio, é para reivindicar assentamentos para as famílias que estão há mais de 16 anos nas margens das rodovias e vistorias imediatas nas áreas apresentadas pelo MSTe.
Na pauta de negociação, divulgada pela direção estadual do movimento, foram incluídas solicitações de resposta do Abril Vermelho (tradicional mês de lutas realizado anualmente pela organização), e áreas da união que servem para fins da Reforma Agraria.
E para cinturão verde, que é a região onde os trabalhadores do MST produzem alimentos, os manifestantes pedem cestas básicas de emergência para os acampados, créditos, habitação e reforma das casas.
Enquanto isso, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a interdição a partir do quilômetro 492 da BR-262 continua. Um motorista de van de viagens que realizou o percurso de Bodoquena para Campo Grande antes das 6h, contou que passou pelo local quando movimento ainda estava “tranquilo”, mas já era possível ver uma fila de caminhões.
Segundo Sidnei Martins da Silva de 39 anos, o congestionamento era de cerca de 1km e ele utilizou uma entrada perto da ponta sobre o Córrego Acogo, para passar. “Na ponte chegando em Anastácio, eles colocaram fogo em pneus. Antes de entrar ali tem uma ponte do lado esquerdo, a gente entra ali para sair dentro de Anastácio, na hora não estava fechada ainda, por isso que consegui passar”, contou.
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