A arte-finalista em serigrafia Milla Santos Pereira, 24 anos, portadora de uma doença no fígado ainda desconhecida, vai passar por exame de investigação de gene para o diagnóstico na França. Ela terá a viagem e procedimento custeados pelo estado de Mato Grosso do Sul após uma determinação da Justiça.
A decisão, considerada inédita no estado, foi emitida no último dia 21 de junho pela 3ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos de Campo Grande e divulgada pela defensoria nesta quinta-feira (1).
Por meio da assessoria de imprensa, o governo afirmou que não recorreu da decisão e irá cumpri-la, bancando a viagem da jovem para a França. A viagem ainda não tem data definida e o estado aguarda contato dos médicos do hospital da universidade de Paris para agendar a ida da paciente.
A jovem entrou com a ação por meio da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul por não ter condições de pagar pelo exame. A única clínica brasileira que colhia o material e encaminhava para o exame em laboratório fora do país deixou de fazer esse intercâmbio, tornando essencial a ida de Milla ao exterior.
"Eu não vejo a hora de fazer logo esse exame. Estou muito ansiosa. Conforme vai passando o tempo, vou ficando cada vez mais afetada", disse.
Ela descobriu que tinha a doença em 2005, quando foi internada com hemorragias digestivas. Os médicos identificaram uma falha no fígado da paciente, apontada como uma espécie de cirrose. Para ter uma chance de cura, morou dois anos em São Paulo, onde passou a consultar com a médica que atualmente cuida de seu caso.
A médica mudou-se para Campo Grande e Milla decidiu retornar à cidade para continuar o acompanhamento.
"Foi ela [a médica] quem descobriu esses exames fora do Brasil. Ela faz tudo o que pode para descobrir o que eu tenho", relata a arte-finalista.
Ela espera que o exame forneça, pelo menos, meios para que os médicos descubram como controlar o problema, para que ele não avance. Ela diz sentir, com frequência, tonturas e fraquezas pelo corpo.
A arte-finalista afirmou que pretende continuar com sua rotina normalmente, ajudando a mãe na confecção de camisetas da família, até a data da viagem.
Inédito A defensora pública da cidadania e dos direitos humanos de Campo Grande, Vera Regina Prado Martins, afirma que já ocorreram casos no estado para custeio de medicamentos e tratamentos dentro do país, nunca no exterior.
"As pessoas carentes estão largadas à própria sorte. É uma conquista muito grande diante da situação caótica da saúde", disse.
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