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Justiça

Irmã de homem morto pelo ex-cunhado diz que 'a vida não pode ser banalizada'

Ela agradeceu o empenho da promotoria, que resultou na condenação do veterinário pela morte de Erick; júri ocorreu hoje

05 fevereiro 2025 - 19h53Vinícius Santos

"Perdemos todos nós. Todos nós perdemos, principalmente meu sobrinho [filho de Erick], que tem 11 anos. Uma criança que vai tomar o segundo grande golpe no coraçãozinho dele," são as palavras de Patrícia Inserra, irmã de Erick Wagner Batista Inserra, que teve seu irmão, assassinado a tiros em dezembro de 2020 no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

Nesta quarta-feira (5), o médico veterinário José Bernardino Prado Lo Pinto foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão pelo homicídio de Erick. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Campo Grande, e, após a decisão, Patrícia se pronunciou, expressando sua visão sobre a condenação e o impacto do crime em sua família.

Emocionada, Patrícia compartilhou suas reflexões com o JD1 Notícias, “Foi 11 anos e 8 meses de condenação”, declarou. Ela falou sobre o sofrimento de seu sobrinho, que perdeu o pai e agora enfrentava uma nova dor, “Isso não nos traz alegria, muito pelo contrário, nos traz tristeza, porque o meu irmão está morto”, disse. 

Patrícia também fez questão de afirmar sua confiança na Justiça e na busca pela verdade, “Eu acreditei na promotoria do meu estado. Eu acreditei na verdade. Eu falei a verdade e nada mais além da verdade... O meu compromisso primeiro é com Deus e depois é com a verdade", completou.

A irmã de Erick falou ainda sobre a banalização da violência, e como isso afetou a vida de todos ao redor, “O José leva nas mãos dele o sangue do meu irmão. Nada, nada vai apagar isso. O sangue do meu irmão está na mão do José, que deu sete tiros”, afirmou. 

Patrícia não deixou de lamentar a violência como solução para conflitos e pediu uma reflexão maior da sociedade, “A vida, ela não pode ser banalizada por um desafeto, por uma discórdia. A vida não pode ser banalizada... que toda a sociedade saiba e entenda que a vida não pode ser banalizada assim. Existem outros meios, a não ser os tiros, a morte, a eliminação."

Apesar da dor imensurável pela perda, Patrícia expressou gratidão pelo trabalho realizado pela promotoria, "Eu lamento profundamente, mas agradeço muito a promotoria do estado de Mato Grosso do Sul pelo excelente trabalho que foi realizado nesse júri popular", disse. 

Prisão

A Justiça determinou o cumprimento imediato da pena, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz também determinou o pagamento de uma indenização de R$ 20 mil aos pais e ao filho da vítima, a título de danos morais.

José Bernardino cumprirá a pena em regime fechado, e um mandado de prisão já foi expedido. Ele respondia ao processo em liberdade, agora permanecerá preso. O revólver utilizado no crime foi apreendido e será destruído.

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