Landerson Correa Teixeira, de 38 anos, está sendo julgado nesta sexta-feira (23) no Tribunal do Júri de Campo Grande. Ele responde por tentativa de homicídio após provocar um acidente de trânsito que deixou duas pessoas feridas.
O caso aconteceu em 8 de maio de 2022, por volta das 6h30, no cruzamento da Avenida Marechal Deodoro com a Rua Verdes Mares, no bairro Coophavila II. De acordo com dados apurados, Landerson dirigia um veículo Hyundai I-30 na contramão e bateu em uma motocicleta Honda CG Titan que cruzava a avenida.
A moto era ocupada por dois primos — um homem e uma mulher, que, na época, era aluna da academia da Polícia Civil. Ambos ficaram feridos. Segundo o processo, uma das vítimas chegou a ficar sobre o capô do carro enquanto o motorista supostamente tentava fugir do local.
As vítimas sobreviveram, mas ainda sofrem com as sequelas. Durante o julgamento, declararam que o réu não procurou oferecer nenhum tipo de ajuda moral ou financeira após o acidente.
Conforme dados processuais, o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. No boletim registrado pelos policiais, foram identificados sinais de embriaguez, como odor etílico, olhos vermelhos, fala alterada, roupas desorganizadas e dificuldade de equilíbrio.
A Justiça entendeu que houve dolo eventual, ou seja, que o condutor assumiu o risco de provocar a morte das vítimas. A tentativa da defesa de impedir o julgamento foi negada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), que manteve a decisão da 2ª Vara.
Inicialmente, o Ministério Público denunciou o caso como homicídio tentado, mas depois pediu a reclassificação para lesão corporal culposa. O juiz rejeitou o pedido, mantendo o julgamento no Tribunal do Júri.
A defesa sustenta que Landerson não estava alcoolizado e se recusou ao bafômetro por fazer uso de medicamentos controlados, como antidepressivos e remédios para dormir. Também afirma que não houve intenção de matar e que o comportamento do réu se deve aos efeitos desses medicamentos.
Landerson Correa Teixeira chegou a ser preso após o acidente, mas ganhou liberdade posteriormente por decisão do TJMS. O julgamento está sendo presidido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, e o resultado deve ser divulgado ainda hoje.
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