Menu
Menu
Busca segunda, 14 de julho de 2025
Justiça

MP terá nova postura em investigações

Nova portaria visa seguir normativas nacionais e disciplinar atuação do Ministério Público Estadual

13 abril 2019 - 14h58Da redação    atualizado em 13/04/2019 às 15h02

O procurador-geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, Paulo Passos, estabeleceu, por meio da portaria nº 1.205, que é de atribuição do Ministério Público “promover o inquérito civil e a ação civil pública para proteção do patrimônio público”. Na prática, significa que as investigações seletivas e secretas com exposição midiáticas podem acabar assim, já que os promotores de Justiça não poderão mais abrir inquérito contra alguma autoridade sem o conhecimento do procurador-geral.

A portaria foi publicada no diário oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul na terça-feira (9). Atualmente, qualquer promotor pode iniciar uma investigação sem ser aprovada pelo procurador-geral. Agora, com a portaria, Paulo Passos vai solicitar aos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) que retirem o projeto de lei que restringe a atuação dos promotores de Justiça nas investigações que envolvem autoridades públicas.

“A portaria visa disciplinar a atuação do Ministério Público em conformidade nacional,  no mais, a lei orgânica do MP-MS aponta que é de responsabilidade do procurador-geral a investigação por ato de improbidade e uma série de agentes, mas a lei também permite a delegação”, explicou Passos.

“No entanto, o Tribunal de Justiça tem entendido, em algumas situações, que a delegação que existia de 2010, do então procurador-geral Paulo Alberto de Oliveira, teria perdido a validade em razão dele não mais pertencer ao MP e hoje fazer parte do Poder Judiciário, por ser desembargador”, complementou. Conforme Passos, a partir de agora, para evitar questionamento judicial, todas as investigações pretéritas foram ratificadas e convalidadas e as novas, por atos de improbidade, serão delegadas individualmente, conforme dispõe a lei do Tribunal de Justiça.

Paulo argumenta ainda que a medida foi tomada não por haver supostos excessos, ele indica que a portaria visa permitir segurança jurídica aos que investigam e aos que são investigados. 

Com isso, o Ministério Público pretende realizar acordos de leniência nos atos de improbidade administrativos para terminar o inquérito o mais rapidamente, evitando o ajuizamento de ações. A decisão do Colégio dos Procuradores tornará o MP um órgão resolutivo, não se limitando apenas a acusar.

Argumento sobre a decisão

O presidente da ALMS, Paulo Corrêa, comentou em coletiva, na quarta-feira (10), sobre a retirada da emenda ao projeto de lei complementar 01/2019, que dava poder apenas para o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de abrir inquéritos civis e ações civis públicas.

O parlamentar explicou que, “a portaria do Ministério Público contempla o respeito entre as instituições. A emenda perdeu a sua função. A Assembleia deve ser fiscalizada pelo órgão competente, que é a Procuradoria-Geral do Estado, e agora é o que será atendido”.

A emenda ao projeto tinha assinatura de 21 deputados. A retirada foi oficializada, antes da sessão plenária, durante reunião regular da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). O presidente descartou a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

As alterações de duas portarias, 1.205/2019 e 1.152, da Procuradoria-Geral de Justiça preveem que o chefe do MP, além de delegar atribuições por atos específicos, deve acompanhar todos os procedimentos referentes às suas atribuições originárias.

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Homem se livra da prisão após recontagem de pagamento de pensão alimentícia
Justiça
Homem se livra da prisão após recontagem de pagamento de pensão alimentícia
Motorista João Vítor Fonseca Vilela -
Justiça
Juiz manda estudante a júri popular e marca data de julgamento por morte de corredora
Viatura Polícia Militar
Justiça
Sargento da PMMS é condenado por não atender ocorrência de perturbação do sossego
Adriano Ribeiro Espinosa, o
Justiça
Promotora quer júri popular para homem que matou três pessoas queimadas na Capital
Identidade Visual MPMS -
Interior
MP investiga lei de 2012 que deu nome de professora viva a escola em Itaquiraí
Governador Eduardo Riedel
Política
Riedel sanciona lei que assegura proteção a beneficiários com TEA em planos de saúde
Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul -
Interior
MP recomenda criação de comitê e plano de proteção à infância em Aquidauana
Pastor Gilson Breder  -
Justiça
Morre aos 72 anos o pastor Gilson Breder, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande
Imagem de dinheiro
Justiça
Relação amorosa simulada com fins financeiros configura estelionato, define STJ
Imagem Ilustrativa do INSS -
Justiça
Por descontos indevidos, Unsbras é condenada a indenizar pensionista em R$ 8 mil em MS

Mais Lidas

Imagem ilustrativa
Polícia
Adolescente de 15 anos é estuprada por motorista de ônibus em Campo Grande
JD1TV: Motoqueiro tem cabeça arrancada por linha de cerol
Polícia
JD1TV: Motoqueiro tem cabeça arrancada por linha de cerol
Pai foi preso pelo abuso seguido de morte
Interior
Pai estuprou a filha enquanto teve relação sexual com a esposa em Camapuã
JD1TV: Guarda municipal é filmado espancando jovem amarrado em Campo Grande
Polícia
JD1TV: Guarda municipal é filmado espancando jovem amarrado em Campo Grande