A justificativa de problemas de saúde para beneficiar o empresário Jamil Name diante da Justiça já foi usada outras vezes, assim como está sendo hoje, para impedir sua transferência para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde Name teria rotina idêntica a que cumpre hoje na prisão federal da capital de Mato Grosso do Sul. O objetivo agora é conseguir detenção domiciliar para Jamil .
O principal caso aconteceu em 2009, quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) deferiu o pagamento de um precatório milionário após um acordo entre a parte beneficiária [o empresário] e a prefeitura, de uma desapropriação indireta de 4 hectares, entre a avenida Antônio Teodorowick e a rotatória de acesso ao Parque dos Poderes, quando houve o prolongamento da avenida Mato Grosso.
Para driblar a Justiça e avançar a ordem cronológica, Jamil alegou que tinha uma “doença grave “ e precisava de tratamento no exterior , já que no Brasil não conseguiria cura. Sete dias depois, o TJ-MS estabeleceu o acordo e liberou R$ 18 milhões ao empresário, que foram pagos em 13 parcelas mensais , mas o alegado não aconteceu.
Agora, a defesa de Jamil apresenta laudos que apontam quatro doenças graves quese agravariam com a permanência no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), com o objetivo de converter a prisão preventiva em domiciliar.
Os laudos encaminhados para análise do juiz Marcelo Ivo, apontam que o empresário é portador de diabetes mellitus tipo 2 descompensado sarcopenia, síndrome do idoso frágil, portador de polineuropatia diabetogênica e pulmonar obstrutiva crônica em estágio II.
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